O que é o amor para Nietzsche?

Perguntado por: rsalazar2 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O amor não é outra coisa que um derramamento, uma espécie de luxo e de dádiva daquilo que cada indivíduo conquistou por e para si mesmo e quer partilhar, alegremente, com um outro. Nesse caso, não há nada de carência, mas muito pelo contrário, de plenitude. Quanto mais pleno de si, mais capaz de amar será um indivíduo.

Para desconcerto geral, Sócrates define o amor como sendo a busca da beleza e do bem. E sendo assim, ele mesmo não pode ser belo nem bom. Quem ama, deseja algo que não tem. Quando se tem, não se deseja mais, ou se se deseja, deseja manter no futuro, o que significa que não o tem.

A segunda definição é o amor Filos. Esse é defendido por Aristóteles como um amor vinculado à ideia de alegria. Amar alguém é sentir-se alegre com a pessoa que você divide a vida e os sentimentos. Significa que o amor só existe quando faz o casal feliz.

“O amor é composto de uma única alma habitando dois corpos.” – Aristóteles. “O amor é uma tela fornecida pela natureza e bordada pela imaginação.” – Voltaire. “Não há remédio para o amor a não ser amar mais.” – Henry David Thoreau. “Talvez alguém não queira ser amado tanto quanto ser compreendido.” – George Orwell.

O amor é um componente importante de uma vida próspera, mas não determina se somos pessoas boas ou não, e não deve nos controlar a ponto de nos desviar do caminho da virtude”.

O Amor Fati é uma proposição para que aceitemos o que vier a acontecer conosco. Mais do que aceitar passivamente, porém, os estoicos propõem que aproveitemos verdadeiramente o que está acontecendo. Assim, o termo nos ensina que devemos amar o destino. Devemos amar o nosso destino como se não houvesse outro melhor!

Por isso Nietzsche afirma que é preciso amar “aquilo que é necessário nas coisas”. E as dores são tão necessárias e inescapáveis quanto as alegrias, então é preciso amar a vida integralmente. Aceitar a fatalidade e a finitude é viver plenamente, e não pela metade.

Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno.

Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.

Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.

Segundo a Nova Acrópole, a ideia de Sócrates e, em sucessão, de Platão é a de que o amor é o caminho, o nexo de união com isso que a humanidade chama “perfeito e divino”. “Ele serve como conexão e comunicação que enchem o vazio que existe entre o visível e o invisível”, explica o site da instituição sobre o conceito.

Eros, o Amor, é o tema do diálogo “O Simpósio”, mais conhecido como “O Banquete”, obra do grande filósofo que foi Platão.

Para Aristófanes, o Amor é justamente essa busca constante e incansável por sua outra metade a fim de se restabelecer o original e primitivo “todo”. Não se trata somente de união sexual, mas de “uma coisa” que a alma de um quer da alma do outro.

“Em geral, a psicologia entende o amor como um conjunto de sentimentos, pensamentos e comportamentos, muitas vezes relacionado a aspectos positivos da existência e que gera uma pluralidade de consequências na vida das pessoas”, esclarece.