O que é melhor silagem de milho ou Capiaçu?

Perguntado por: nsalgado2 . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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A silagem de milho é melhor, mas é mais cara. Faça contas!. O capim Capiaçu produz mais por hectare, mas a qualidade é inferior e não atenderá seu animal mais produtivo.

silagem de milho

Na dieta de vacas leiteiras a silagem de milho tem sido a mais utilizada para vacas de alta produção, devido às suas características nutricionais como fibra de boa qualidade e teor energético, além da alta aceitabilidade pelos animais.

“Depois das análises, identificamos que o Capiaçu também é mais nutritivo, ele tem mais proteína, ele tem mais energia e a qualidade de fibra dele é diferenciada.”, avalia Paulino Andrade, pesquisador da Embrapa.

Silagem de Capim BRs Capiaçu ensacada Sem Iniculante (60 dias)

Vacas Secas: 9 a 15 kg, por cabeça ao dia; Touros: 1,5% do peso vivo; Bezerros e novilhas: 5 a 6 kg ao dia; Gado em engorda: em torno de 3% do peso vivo.

Forrageiras para silagem
O capim-elefante é muito utilizado na alimentação de vacas de leite em sistemas de pastejos rotacionados, isso porque é considerado mais barato em relação ao sorgo e ao milho em épocas em que o grão está com preços mais elevados.

De acordo com o Zootecnista Rodrigo Carvalho de Cardoso , a silagem de sorgo, comparada com a silagem de milho possui menor custo, porque a planta do sorgo produz um valor maior de massa, com possibilidade de plantar em qualquer época do ano.

A silagem de milho é a fonte de forragem (volumoso) mais utilizada no Brasil para alimentação de vacas leiteiras (Silva e Millen, 2019), e para bovinos de corte confinados (Silvestre e Millen, 2021).

Valor nutricional - A silagem do Capiaçu tem ainda teor de proteína próximo ao da silagem de milho, que chega a 7%. Quando o capim é cortado aos 50 dias, o nível fica em torno de 10%; e vai caindo à medida que o estágio de maturação da planta aumenta. “Com o corte aos 90 dias, o teor é de aproximadamente 6%.

Comentário BeefPoint: o silo mais recomendado, tanto em termos de custo quanto eficiência do processo fermentativo, ensilagem e desensilagem, é o tipo trincheira. Tanto o bunker quanto o tipo superfície são alternativas comuns e interessantes, sendo recomendado o bunker quanto houver maior disponibilidade de recursos.

A inclusão a partir de 20% de farelo de arroz é suficiente para atingir melhorias consideráveis no valor nutritivo da silagem de capim-braquiaria, sendo importante avaliar o aspecto econômico para maiores inclusões.

Entre as principais cultivares de capim-elefante, a BRS Capiaçu é também a que apresenta o maior teor de proteína (ver tabela 1).

Em estudo com silagem de milho, Tomich et al. (2006) encontraram valores de 27,3% de MS, 7,2% de PB, 51,5% de FDN, 32,4% de FDA e 4,0% de lignina e, para silagem de sorgo, valores de 31,7% de MS, 6,8% de PB, 59,1% de FDN, 35,9% de FDA e 4,9% de lignina.

É relevante conhecer o nível protéico da forragem ou da silagem de milho, que normal- mente varia de 6 a 9%, com média ao redor de 7 a 7,5% (CRUZ et al., 2012). De acordo com Van Soest (1994), para o bom funcionamento ruminal é desejável teores de PB próximos a 7%. De acordo com Oliveira et al.

Por ser uma pequena propriedade de atividade leiteira (5,8 ha), a opção pelo capim elefante BRS Capiaçu se dá em especial pela sua alta produtividade de biomassa, segundo o zootecnista Junior, pode se atingir 80 a 100 toneladas por hectare de massa verde, ou seja, até 300 toneladas por hectare com três cortes anuais.

Com isso, o uso do capiaçu ajuda o produtor a reduzir custos. Cada tonelada de silagem do capim custa em torno de R$ 130, já no caso do milho, o valor sobe para R$ 300.