O que é mais grave autismo ou TDAH?

Perguntado por: dfernandes . Última atualização: 5 de abril de 2023
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E isso se desdobra no fato de que aqueles que apresentam exclusivamente TDAH terão menos dificuldades sociais e mais dificuldades de atenção, enquanto aqueles diagnosticados apenas com autismo, terão mais comprometimento nas relações sociais e linguagem e menos na concentração e atenção.

O TDAH na adolescência
Durante a adolescência o TDAH mostra o seu lado mais perigoso, pois é nesse período que o convívio social tende a ficar mais prejudicado.

O Projeto de Lei 2630/21, do deputado Capitão Fábio Abreu (PL-PI), cria a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Conforme a proposta, a pessoa com TDAH é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

Padrão de concentração – crianças com autismo ou TDAH podem apresentar alguma dificuldade de concentração. No entanto, crianças com TEA costumam ter dificuldade em focar em atividades que não gostam, mas podem se fixar intensamente em objetos, brinquedos ou outras atividades preferidas.

Hiperatividade. Outro transtorno que parece autismo, mas não é: a hiperatividade. Nem todas as pessoas com TEA são iguais! Cada uma delas é única e, apesar da hiperatividade se fazer presente sim durante o desenvolvimento de alguns, ela também é características de outros transtornos, como, por exemplo, o TDAH.

Pessoas com TDAH têm direito a algum benefício? Não há benefício previdenciário especificamente para o portador desse tipo de transtorno. Todavia, o portador pode solicitar o BPC/LOAS, um tipo de benefício assistencial pago pelo Governo, por meio do INSS.

Habilidades sociais – alguns estudos indicam que pessoas com TDAH possuem alto nível de inteligência social. Isso pode proporcionar uma facilidade maior em se relacionar, demonstrando sentimentos e empatia por outras pessoas.

Quando não tratado, o TDAH pode causar diversos prejuízos no desenvolvimento da criança e do adolescente, como problemas escolares e no desempenho acadêmico, problemas em fazer e manter amizades, dificuldade de relacionamento com os familiares, comportamentos de risco, como envolvimento frequente em brigas, direção ...

Falar demais e não ouvir atrapalha, e muito, o relacionamento com outras pessoas, especialmente no ambiente profissional. Entre os sintomas do TDAH observa-se o discurso impulsivo e a espontaneidade indesejada. Pessoas com TDAH falam sem parar, entram e saem da conversa ou apenas falam sobre si mesmas.

Como já falamos, o TDAH não é deficiência, pois não é incapacitante. As pessoas com TDAH são disfuncionais, ou seja, têm mais dificuldade em realizar algumas atividades, mas não são incapazes de realiza-las. Assim, o TDAH não está contemplado no estatuto da Pessoa com Deficiência.

Estudos indicam que adolescentes e adultos com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) estão mais suscetíveis ao abuso ou dependência de álcool, nicotina e drogas ilícitas (Compulsão alimentar e vício por açúcar também podem ser considerados).

Alunos com TDAH podem ser reprovados. Entretanto, se o aluno possui laudo com diagnóstico do transtorno e se esse laudo foi apresentado à escola no início do ano letivo, o aluno ou o responsável tem o direito de cobrar da instituição de ensino estratégias pedagógicas diferenciadas.

O TDAH pode ser tratado por meio de remédios que controlam os efeitos do transtorno. Essas substâncias são responsáveis por diminuir os principais sintomas, como a impulsividade e a desatenção.

TDAH não é dificuldade de aprendizagem
Em uma síntese, o TDAH é um transtorno que envolve sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. No entanto, ele não tem a ver com falta de inteligência. Até pelo contrário: muitas crianças que têm o transtorno costumam possuir excelentes habilidades.

Pessoas com TDAH tendem a se concentrar melhor em ambientes mais silenciosos e sem estímulos externos. Apesar de parecer contraditório, podem ter um excelente foco em atividades prazerosas ou quando têm grande pressão em realizá-las – o chamado hiperfoco.