O que é Hanseníase virchowiana?

Perguntado por: enogueira . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.

Virchowiana: Paciente apresenta a forma mais disseminada da doença, sendo observada grande parte da pele danificada e, algumas vezes, comprometimento de órgãos, como nariz e rins.

Os tipos de hanseníase, a título de tratamento, são divididos em paucibacilares e multibacilares. Além disso, podem ser categorizados como hanseníase indeterminada, tuberculoide, dimorfa e virchowiana.

O período de incubação pode durar de 6 meses a 6 anos. A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana.

O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.

“Uma das principais sequelas da hanseníase é a perda parcial ou total e irreversível da sensibilidade em mãos e pés. Isso é um perigo para a qualidade de vida do paciente.

Sinais e sintomas
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (frio e calor), tátil (ao tato) e à dor.

Cientistas brasileiros das Universidades Federais de São Carlos e do Paraná (UFSCar e UFPR) patentearam um teste sorológico para detectar a hanseníase. O novo teste é feito com uma amostra de sangue e identifica anticorpos contra a bactéria Mycobacterium leprae, causadora da doença, em poucos minutos.

É assegurado o direito de receber auxílio doença e se afastar do trabalho durante a realização do tratamento para a hanseníase. Em casos mais graves, se a doença invalidar permanentemente para o trabalho, a pessoa tem direito à aposentadoria por invalidez.

Os primeiros sinais e sintomas são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, em qualquer parte do corpo, com diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. Nos casos mais graves, a região das manchas chega porque elas não incomodam.

Os nervos mais acometidos em pacientes com Hanseníase1 (geralmente em casos de reações do tipo I): Ulnar e Mediano (“mão em garra”); Fibular comum (“pé caído” ou “foot drop”); Tibial posterior (artelhos em garra e insensibilidade plantar);

Por fim, há a virchowiana, que é a forma mais grave e com mais sintomas na pele, nos nervos e nos órgãos internos.

Manchas avermelhadas, esbranquiçadas e alteração na sensibilidade da pele: essas são algumas características da hanseníase. A doença que não causa dor física e sim feridas na alma. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de casos.

A principal causa da hanseníase é a bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. É um parasita que atinge, principalmente, os tecidos epiteliais e nervosos. A infecção ocorre por meio de vias respiratórias ou secreções, até se instalar nos nervos periféricos e no tecido epitelial do doente.

A pensão especial, mensal, vitalícia pode ser concedida às pessoas atingidas pela hanseníase e que foram submetidas a isolamento e internação compulsórios em hospitais-colônia, até 31 de dezembro de 1986, que a requererem, a título de indenização especial.

O diagnóstico de hanseníase pode ser facilmente confundido com outras doenças (artrite, artrose, trombose, fibromialgia, por exemplo) e quando tardio pode deixar graves sequelas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços (nódulos) e/ou inchaços (edema) nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.

Para a forma paucibacilar (casos com até cinco lesões de pele) é recomendada a associação rifampicina e dapsona durante seis meses. Para a forma multibacilar (casos com mais de cinco lesões de pele) é recomendada a associação rifampicina, dapsona e clofazimina por 12 meses1, 2.