O que é gliose ou desmielinização?

Perguntado por: nlima . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Muitos nervos são revestidos de mielina, que é um material isolante. Quando está desgastada ou danificada, os nervos podem se deteriorar, causando problemas no cérebro e em todo o corpo. Danos à mielina ao redor dos nervos são chamados de desmielinização.

Gliose ou microangiopatia são os termos usados para descrever as pequenas manchas brancas na substância branca do nosso cérebro, que podem ocorrer em alguns indivíduos, sobretudo naqueles com histórico de doenças crônicas, como doença renal, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, ou aqueles que tenham sido ...

O tratamento das lesões de gliose ou microangiopatia é, basicamente, o bom controle dos fatores de risco cardio e cerebrovasculares associados (doenças crônicas cardíacas, circulatórias em geral, transtornos do sono, obesidade) e evitar-se hábitos de vida correlacionados.

O diagnóstico pode ser realizado através do quadro clínico, exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética), histopatológico e imuno-histoquímico.

O que são as doenças desmielinizantes?

  • Esclerose múltipla.
  • Neuromielite Óptica (NMO)
  • Encefalomielite aguda disseminada (ADEM)
  • Doença Associada ao Anticorpo Anti-MOG.
  • Conclusão.

A Polineuropatia Desmielinizante é uma doença neurológica que atinge as raízes nervosas e nervos periféricos. Crônica e de origem inflamatória, é uma doença autoimune causada por inflamação e destruição da bainha de mielina dos nervos das pernas e braços.

Sendo a mais comum e conhecida doença desmielinizante, a esclerose múltipla (EM) é crônica, progressiva e autoimune. O que acontece, nesse caso, é que o próprio sistema imunológico passa a agir na bainha de mielina, provocando lesões que se estendem ao longo do tempo, gerando outras complicações sérias.

A microangiopatia é uma condição que causa pequenas cicatrizes no cérebro (gliose) e pode se tornar preocupante a depender dos fatores de risco, idade e estilo de vida de cada paciente. Os principais fatores de risco são o sedentarismo, alcoolismo, alteração do colesterol, e também o envelhecimento do cérebro.

As ponderações T2 e FLAIR permitem a demonstração mais conspícua de lesões na interface caloso-septal e na substância branca periventricular e subcortical.

Já a substância branca é formada por uma porção de prolongamentos de neurônios, em especial os axônios. Como os axônios de alguns neurônios apresentam-se envolvidos por mielina, essa substância dá um aspecto esbranquiçado à substância branca.

Não existe um quadro clínico especificamente relacionado, mas sintomas clínicos estão envolvidos: alterações de marcha, alterações urinárias, depressão e declínio cognitivo.

Trata-se de uma inflamação mediada por anticorpos que tipicamente envolve o sistema límbico, mas que também pode afetar a substância branca de outras áreas encefálicas, o tronco encefálico ou os núcleos da base.

Lembrar que gliose é uma reação cicatricial inespecífica do tecido nervoso, produzida por hipertrofia e/ou hiperplasia dos astrócitos, que produzem fibrilas gliais intracitoplasmáticas, constituídas pelo filamento intermediário ou proteína do citoesqueleto chamado proteína glial ácida fibrilar ou glial fibrillary ...

O laudo de ressonância magnética para esclerose múltipla (EM) é uma das principais ferramentas para diagnosticar a doença. Graças às propriedades das imagens de RM, é possível detectar hipersinais nas lesões características de EM, completando informações coletadas através de anamnese e exame físico.

Denomina-se gliose o aumento no número e/ou volume dos astrócitos e deposição de fibrilas gliais no tecido nervoso central. Uma área de gliose recente contém muitos astrócitos gemistocíticos. Em uma área de gliose antiga o tecido tem aspecto ricamente fibrilar, sendo as fibrilas delicadas e eosinófilas.