O que é ecolalia tardia?

Perguntado por: ofurtado . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Já a ecolalia tardia ocorre quando a pessoa repete, posteriormente, frases que já ouviu serem ditas por outras ou até na TV e em filmes durante a conversa. Nestes casos, é comum que as frases sejam reproduzidas sem que haja um contexto específico. Isto é, elas não têm a real intenção de comunicação.

Miranda (1983) esclarece que há três tipos de ecolalia: imediata, referindo-se à repetição imediata do que a criança ouve; tardia, que ocorre quando a criança repete alguma coisa que ouviu em outro momento; e mitigada, que surge quando a criança repete de forma alterada o que ouviu anteriormente.

Sua origem exata não é totalmente compreendida. A imitação e a repetição da fala fazem parte do desenvolvimento normal da linguagem nos primeiros anos de vida, melhorando ao longo dos 2 primeiros anos. A autorregulação da fala e da linguagem se desenvolve por volta dos 3 anos de idade em crianças típicas.

Para ficar de olho. Em geral, crianças apresentam ecolalia até aproximadamente 2 anos. Se ela persistir no uso da fala ecolálica – especialmente de forma tardia – após os 2 anos e meio, pode ser um sinal de alerta para quadros de Transtornos de Linguagem.

Nas crianças com TEA de uso predominante da comunicação verbal, a ecolalia é um fenômeno persistente que se caracteriza como um distúrbio de linguagem, definida como a repetição em eco da fala do outro 4.

Tratamento com o fonoaudiólogo
O melhor tratamento para a ecolalia são sessões regulares com o fonoaudiólogo para que possam aprender a dizer o que estão pensando.

Considerado 'grau mais leve', o chamado Autismo de suporte nível 1 tem algumas características específicas como: contato visual não consistente; dificuldades na flexibilização de regras, preferindo a manutenção de padrões; problemas na interação com as pessoas, entender piadas, ironias ou sarcasmo; e podem ter ...

A ecolalia costuma ser diagnosticada por meio da análise de um profissional especialista em fala e autismo. Ele observa seus comportamentos e se há repetição de fala. O tratamento é realizado como diversos profissionais como fonoaudiólogos, pediatras, neuropediatras, terapeutas ocupacionais e psicólogos.

A ecolalia (repetir palavras ouvidas) e ecopraxia (repetir gestos vistos) e a palilalia (repetir as próprias palavras) são encontradas em menos da metade dos casos.

Além disso, pessoas com outros transtornos, como o TDAH (transtorno no déficit de atenção e hiperatividade), também costumam ter as estereotipias como uma válvula de escape para o excesso de estímulos. No entanto, no autismo isso acaba sendo muito mais acentuado.

Movimentos repetitivos no autismo são um tema recorrente e controverso. Segundo a literatura médica, as estereotipias são movimentos repetitivos que as pessoas autistas têm. E eles podem envolvem questões motoras mais evidentes, como balançar a mão com com alta frequência.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades no desenvolvimento neurológico, que afetam diretamente três pilares: a comunicação, a interação social e o comportamento do paciente.

Outro transtorno que parece autismo, mas não é: a hiperatividade.
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Hiperatividade

  • Dificuldade em se concentrar;
  • Dificuldade no aprendizado;
  • Inquietação;
  • Movimentação contínua dos pés e mãos;
  • Dificuldade para permanecer sentado e/ou no lugar;
  • Fala excessiva.

Esses sintomas são principalmente déficits em funções de comunicação, sociabilidade e interação, e a presença de comportamentos, interesses e atividades restritas e repetitivas. Eles podem estar presentes em maior ou menor intensidade.

TDAH, déficit de atenção, dislexia e hiperatividade são condições facilmente confundidas devido à semelhança dos sintomas. Elas também podem passar despercebidas por familiares e professores.

A pessoa adulta com TDAH pode apresentar grande agitação, física e também mental. O adulto com TDAH apresenta uma frequente alteração de humor. Segundo a Associação Brasileira de deficit de Atenção, adultos com TDAH apresentam com frequência problemas com uso de álcool, drogas, ansiedade e depressão.

Segundo artigo da médica psiquiatra Aline Rangel, especialista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o TEA e o TDAH podem coexistir; porém, os sintomas do Déficit de Atenção e Hiperatividade costumam se sobressair, o que dificulta o diagnóstico do autismo.

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