O que é doença de sushi?

Perguntado por: ejordao3 . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Anisaquíase é uma infecção causada por larvas de vermes do complexo Anisakis simplex e outras espécies de anisaquídeos, complexo Pseudoterranova decipiens e complexo Contracecum osculatum.

Os sintomas da infecção com a larva surgem normalmente uma a duas horas após o consumo do peixe contaminado e incluem cólicas abdominais e vómitos. No estômago a larva em movimento provoca ulcerações com náuseas, vómitos e dor epigástrica, algumas vezes com hematémese (vómito com sangue).

Desconfortos gastrointestinais depois de um rodízio em restaurante japonês, como diarreia, náusea, vômitos ou dor de cabeça, são alguns dos sintomas mais frequentes que indicam a infecção de bactérias e parasitas. A médio prazo, também podem surgir falta de apetite e perda de peso.

“Um dos cuidados a ter poderá ser congelar o peixe a -20ºC durante 24 horas para matar os vermes”, explica. Desta forma é possível evitar uma infeção grave no estômago ou intestinal, mas não uma alergia, “porque, mesmo mortos, os parasitas podem causar reações alérgicas”.

Todas as espécies de peixe podem apresentar parasitismo natural por helmintos (vermes) e outros patógenos. Os helmintos cumprem um ciclo de vida que passa por diferentes estágios evolutivos até chegar a fase adulta e para isso, dependendo da espécie, precisam infectar outros animais que se tornam seus hospedeiros.

A síndrome de Haff apresenta sintomas menos de 24 horas após a ingestão de pescado. Sintomas como dor muscular difusa, rigidez muscular, dormência, perda da força em todo corpo, urina de coloração escura e falta de ar após a ingestão de pescado podem indicar um caso da síndrome.

Nyotaimori e Nantaimori: Uma prática difundida no Japão e que caiu no gosto de diversos países é o Nyotaimori ou Nantaimori (Sushi Body). Essa prática significa “Apresentação do corpo feminino” e se caracteriza por mulheres e homens (em menor ocorrência) que se tornam literalmente bandejas humanas.

Larvas encistam no músculo dos peixes; Homem ou outro mamífero alimenta-se do peixe; Larva migra para o intestino e desenvolve-se.

Tratamento da anisaquíase
A remoção endoscópica das larvas é curativa. O tratamento da anisaquíase presuntiva com albendazol, 400 mg por via oral duas vezes ao dia, por 6 a 21 dias, pode ser eficaz, mas os dados são limitados.

Um estudo português publicado no periódico científico BMJ alerta para o risco de infeções parasitárias associadas ao consumo de peixe cru nos países ocidentais. O aumento da popularidade e do consumo da comida japonesa no ocidente pode estar a colocar a saúde dos muitos fãs de sushi em risco.

No caso de carne e peixe crus, duas bactérias se destacam: a Salmonella e a Listeria monocytogenes. A Salmonella está no topo da lista das bactérias causadoras de surtos de doenças alimentares no País.

Anisakis é um parasita do trato gastrintestinal de mamíferos marinhos. Ovos excretados evoluem e liberam larvas de nado livre, que são ingeridas por peixes e lulas; a infecção humana é adquirida pela ingestão desses hospedeiros intermediários crus ou malcozidos.

Um estudo conduzido pela Proteste em restaurantes de São Paulo onde é comercializado esse tipo de alimento mostrou que apenas 2 de 60 amostras analisadas continham agentes causadores de doenças. Isso reforça a afirmação de que o consumo de sushi é seguro.

Peixes que podem ser consumidos crus
De maneira geral, aposte em tipos como o salmão, o atum, a tilápia, o arenque e o linguado ao comer peixe cru. Camarão, lula e polvo também podem ser utilizados para fazer sushis e sashimis e, por isso, devem ser selecionados com o mesmo cuidado para consumo cru.

Quando a enfermidade se manifesta, o paciente pode apresentar dor e desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diarréia. Não há risco de morte, mas a contaminação pelo verme pode interferir na absorção da vitamina B 12, causando anemia.

Medicação. Metronidazol a 8mg por litro a cada 48horas com TPA de 20% antes de cada nova dose por pelo menos dez dias. Existem no mercado medicamentos que também combatem esses parasitas, infelizmente todos eles só são vendidos pela internet, já que devido as nossas leis medievais, o comercio deles é proibido.

candiru

O peixe candiru é exclusivo da região amazônica e, segundo o biólogo Adriano Martins, a anatomia dessa espécie permite que ele se camufle nos rios barrentos da Amazônia, como o rio Madeira. Em entrevista ao g1, o biólogo Adriano Martins deu mais detalhe de como ele age.

O “verme do olho” é um trematódeo digenético que ocorre naturalmente em peixes de água doce de diversas regiões do país, como os tucunarés, matrinxãs, traíras, corvinas, carás, jacundás, entre outros peixes de rios e reservatórios.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão.