O que é dislexia ortográfica?

Perguntado por: aferrari7 . Última atualização: 2 de maio de 2023
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Dislexia Ortográfica/ Visual: A criança manifesta dificuldades em perceber globalmente as palavras, ou seja, não consegue unir o conjunto de letras que a compõem, apresentando uma leitura lenta através da decomposição das palavras nos seus fonemas.

Dislexia Visual ou Diseidética
Confundem letras e palavras parecidas, revertendo-as por vezes – por exemplo: /b/ por /d/ ou /apartar/ por /apertar/. A escrita tende a ser inconstante, apresentando letras de tamanhos diferentes, omissões, rotações, inversões, sendo as emendas e as rasuras frequentes.

A dislexia é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia está presente entre 5% e 17% da população mundial, podendo afetar a área visual e auditiva.

Sim. É importante que crianças com dislexia recebam uma intervenção apropriada, que inclua o treinamento da consciência fonológica e a instrução fonética (relação entre sons e letras).

Pessoas com dislexia apresentam um funcionamento peculiar do cérebro para os processamentos lingüísticos relacionados à leitura. O disléxico tem dificuldade para associar o símbolo gráfico, as letras, com o som que elas representam, e organizá-los, mentalmente, numa sequência temporal.

Os dois são transtornos de desenvolvimento e são confundidos com frequência. Para deixar claro: o TDAH afeta habilidades de atenção do indivíduo e a dislexia está ligada especificamente às habilidades de linguagem e escrita. Ambos, quando não diagnosticados na infância, podem trazer dificuldades na idade adulta.

Um teste neuropsicológico, a história clínica e a avaliação das diferentes áreas da dislexia continuam sendo as ferramentas mais eficazes para diagnosticar esse distúrbio. Observe que CogniFit não oferece diretamente um diagnóstico médico de dislexia.

Na revista Frontiers in Psychology , pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, argumentam que a dislexia tem “habilidades aprimoradas” em certas áreas, incluindo descoberta, invenção e criatividade.

Os disléxicos tendem a ter dificuldades com objetos irreais e simbólicos, como letras e numerais. E em seus esforços para compreende-los, ficariam bastante desorientados e confusos.

Use a linguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada e metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções.

Quais são as causas da dislexia? A dislexia está relacionada principalmente à carga genética. Alterações cerebrais, dificuldades de comunicação entre os neurônios e desenvolvimento tardio do sistema nervoso central são algumas causas que podem explicar a existência do transtorno.

Muitas pessoas disléxicas acabam desmotivadas a estudar porque não há um apoio ou estímulo adequado a elas, o que é essencial. Por se tratar de uma dificuldade primária de aprendizagem, está relacionada à reprovação escolar. Por isso, a escola tem papel fundamental na identificação de alunos disléxicos.

“A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números e problemas de memorização.

"O que piora a dislexia sem dúvida nenhuma são situações de estresse. Situações em que a pessoa está em alerta, de repente, ela está pressionada por alguma razão. Essa dificuldade que ela já tinha de fala, de compreensão e de escrita, sem dúvida, pode piorar", afirma a neurologista Ana Paula.

Como diagnosticar a dislexia? Para o diagnóstico é importante a consulta com neuropediatra e fonoaudiólogo, assim como avaliação psicopedagógica, pois normalmente há vários fatores que podem ser confundidos no início do quadro. Não há exames específicos para o diagnóstico além da avaliação clínica cuidadosa.

Disléxicos se atrapalham com as palavras, mas costumam ir bem nos cálculos, por exemplo. O comportamento varia também. Há disléxicos desorganizados e outros metódicos; existem aqueles falantes e outros muito tímidos. A disfunção afeta preponderantemente o sexo masculino: são três meninos para cada menina.

Um estudante com dislexia possui as suas habilidades ligadas à escrita e leitura pouco eficientes. Por isso, um aluno disléxico apresenta dificuldade em compreender os textos lidos, em desenvolver a escrita, em soletrar uma palavra, em associar as letras aos seus fonemas, entre outros.

Muitos especialistas coincidem em que o primeiro sinal do problema costuma ser a dificuldade na fala. A criança demora mais para começar a falar e desenvolve problemas na percepção fonética, ou seja, começa a pronunciar palavras errado porque não consegue assimilar os sons básicos das sílabas e letras.