O que é carranca na Bíblia?

Perguntado por: uzagalo . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Sombrio, fechado, carregado, com aspecto de mau humor.

A carranca também é encontrada em algumas religiões africanas e de origem africana como o Candomblé e a Umbanda. Na Umbanda está ligada a Exu que afasta energias negativas e mau olhado. Podendo significar tanto o orixá Exu quanto um amuleto contra mau olhado.

Diz a lenda que diversos espíritos habitam as águas do rio São Francisco e para se proteger de embarcações viradas por eles, os pescadores começaram a colocar nas suas proas imagens que remetem a metade gente, metade animal. São as carrancas, capazes de afastar o mau-olhado, o azar e as assombrações.

As carrancas e seus significados: um mergulho no São Francisco. Dizem que elas surgiram na virada do século 19 para o 20, quando passaram a decorar as proas dos barcos que seguiam de Minas Gerais para o nordeste brasileiro, pelo Velho Chico.

Ela pode ser encontrada em diversas versões, como em estátuas para ser colocadas em casas e até mesmo como tatuagens. Agora quando vamos para as religiões de origem africana, uma carranca pode representar tanto a imagem de Exu, quanto servir como um amuleto do mal olhado.

1. Cara disforme de pedra ou metal que serve de adorno em construções. 2. [Figurado] Rosto sombrio, carregado.

Um elemento é comum a todas elas: em suas proas — parte frontal da embarcação — são colocadas carrancas, cumprindo uma tradição dos navegantes da região.

As carrancas são consideradas como representação da cultura popular santamariense, aliada a seu aspecto totêmico em que, quando colocada nas proas protegiam as embarcações e os barqueiros que trabalhavam na região do Médio São Francisco.

Tradicionalmente, as carrancas são esculturas em madeira posicionadas nas proas dos barcos para afastar más energias e proteger os navegantes em suas expedições pelo Rio São Francisco.

A palavra Carranca significa "cara muito feia, sisuda, sombria e mal-humorada", segundo o Dicionário Aurélio. Na rua, em ambientes comuns e até em casa estas carrancas estão presentes, pois são provenientes de comportamentos desenvolvidos a partir de emoções e pensamentos do dia a dia.

As carrancas, estranhas figuras mitológicas colocadas na proa dos barcos, têm por função mágica espantar os bichos das águas. Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, o mais célebre e antigo escultor de carrancas, narra a lenda sobre a origem da arte inspirada nas criações fenícias.

As carrancas são, geralmente, representações de deuses, monstros ou outros tipos de entidades sobrenaturais, e marcam a identidade da cultura que as criou na medida em que estas entidades são símbolos próprios desta cultura.

A origem das carrancas está ligada ao rio São Francisco (elemento natural) e às crenças populares de que tais esculturas protegiam as embarcações dos maus espíritos e do risco de naufrágio ou chamavam a atenção da população para os barcos que traziam mercadorias (elemento cultural).

São muitos os personagens mitológicos, alguns de origem indígena, que povoam a imaginação do povo ribeirinho: Goiajara, Anhangá, Angaí, Galo Preto, Capetinha, Cavalo d'Água, Cachorro d'Água e tantos outros. Dos mitos que habitam as águas do rio, os mais conhecidos são o Caboclo D'água, a Mãe d'Água e o Minhocão.