O que é aponia e ataraxia?

Perguntado por: esilveira . Última atualização: 20 de maio de 2023
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A ataraxia surge, muitas vezes, complementada pela aponia, que se traduz por ausência de dor, ausência de esforço como sofrimento. Segundo Epicuro, a felicidade alcança-se com a ataraxia, que proporciona um prazer estável, e deve ser acompanhada pela aponia, ou seja pela ausência de dor física.

Como alcançar a tranquilidade da alma para atingir a felicidade plena. Para alcançar a Ataraxia e Eudaimonia, é necessário buscar o equilíbrio emocional e mental. Isso pode ser feito através de práticas como meditação, exercícios físicos regulares, alimentação saudável e cuidado com a saúde mental.

A ataraxia, segundo os estóicos, só pode ser alcançada através da apatia, pela completa insensibilidade às paixões, ao prazer e à dor.

Cultivar a amizade; satisfazer as necessidades imediatas; manter-se longe da vida pública; rejeitar o medo da morte e dos deuses.

De acordo com esse filósofo para que possamos aproveitar os grandes prazeres do intelecto, precisamos dominar os prazeres exagerados (paixões, apegos, cobiças e invejas). Por isso, os epicuristas buscavam a ataraxia, ou seja, o estado de serenidade, quietude, ausência da dor e imperturbabilidade da alma.

I) a morte, por ser um estado de ausência de sensação, não é nem boa, nem má. II) a vida deve ser considerada em função da morte certa. III) o tolo não espera a morte, mas vive apoiado nas suas sensações e nos seus prazeres. IV) a certeza da morte torna a vida terrível.

Ataraxia é não se empolgar demais com as coisas boas e nem se afetar demais com as coisas ruins. Ele não se deslumbra quando acontece algo bom na vida dele, e tampouco se sente arrasado quando acontece algo ruim, vive numa ataraxia.

Etimologicamente, apatia designa ausência de males e paixões (páthos = paixão, tudo o que afeta o corpo e a alma). Tanto pode significar ausência de dor, de sofrimento, de doença, como ausência de paixão, de emoções agradáveis ou desagradáveis.

Ao contrário, o estoicismo opõe-se ao epicurismo: surgiu mais tarde e o contradiz.

Para os epicuristas, diferente dos estoicos, os homens eram movidos por interesses individuais e o dever de cada um estava em buscar nos prazeres a felicidade. Para os estoicos, a alma deveria ser cultivada, enquanto os epicuristas não acreditavam na reencarnação.

Assim, o ideal do estoicismo é atingir a ataraxia ou apatia, ou seja, a indiferença em relação a todas as emoções, o que se alcança pela prática da virtude.

Isso se deve, em grande parte, à indústria de autoajuda, que “redescobriu'' o estoicismo como um tipo de “filosofia de autoajuda”. Essa redescoberta vende o estoicismo como uma filosofia de “ação”, para pessoas ocupadas que não têm tempo para pensar em quebra-cabeças filosóficos sobre a vida.

É legítimo, portanto, um amor ao destino (amor fati). Assim, os estoicos acreditam que, para manter nossa ataraxia, devemos nos preocupar apenas com o que podemos modificar (nossos pensamentos, ações, sentimentos).

Para Epicuro estes prazeres são divididos em três patamares:

  • Necessários e naturais: comer, beber, dormir...;
  • Não necessários e naturais: desejo sexual, desejo de extravagâncias alimentares...;
  • Não necessários e não naturais: os desejos ilimitados de poder, ganância...

A doutrina de Epicuro substitui o bem pelo prazer e o mal pela dor. A felicidade consiste em assegurar-se com o máximo de prazer e o mínimo de dores, por meio da saúde do corpo e do espírito. Esse conceito difundido por Epicuro está enraizado no Hedonismo.

O epicurismo é uma corrente filosófica surgida na Grécia Antiga no século IV a.C. Segundo o pensamento pregado por seus adeptos, o estado individual de plenitude - em que o sujeito tem total liberdade, tranquilidade e está livre dos medos - está diretamente ligado com a busca pelos prazeres moderados.