O que é a síndrome do sobrevivente?

Perguntado por: omota . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Uma pessoa sofrendo de culpa do sobrevivente frequentemente declara que as pessoas mortas deveriam estar vivas em vez dela e dele próprio. Este sentimento pode ser ampliado quando a pessoa foi salva por outra que morreu.

Uma das cinco fases do luto mais intensas é a depressão. A pessoa é acometida por um grande sofrimento, o qual pode se prolongar por semanas ou meses.

É muito comum frases como: “não chore”, “seja forte”, “vai passar” “fulano/a não gostaria de ver você chorando assim”. São frases que invalidam o sofrimento e a dor da pessoa que passa pelo processo de luto.

No entanto, em algumas situações mais graves, pode ser que ele se transforme em depressão. Psicólogos afirmam que, quando há desinteresse pela própria vida, desistências do projeto, abandono da saúde e cuidados pessoais por uma duração de mais de seis meses, é importante buscar ajuda profissional.

Na verdade, sobretudo nos primeiros dias depois de perdermos alguém importante na nossa vida, podemos até não sentir nada. Pode ser tão difícil acreditar e aceitar o que aconteceu que nem conseguimos perceber o que sentimos. Esta sensação é muito confusa, mas normalmente acaba por passar.

Após uma situação de perda, ocorrem algumas reações consideradas normais, como boca seca, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no estômago, dor no peito, falta de apetite, fadiga e náusea. Diante dessas manifestações, a pessoa leva um tempo para encontrar o equilíbrio novamente.

O pior dia do luto é um dia normal, que você tá seguindo sua vida, e acontece algo besta e você pensa em contar pr´aquela pessoa e é esmagado pela dor insana da realidade”. E quem é que nunca se sentiu esmagada pela realidade? Por isso, é importante dizer: é sobre isso e não tá nada bem.

“É muito comum o relato da percepção de um túnel com uma luminosidade no final e uma sensação de bem-estar provavelmente provocada pela liberação de neurotransmissores como, por exemplo, derivados de opioides, endorfinas e correlatos”, diz Gomes.

É um mecanismo de defesa, momento em que temos dificuldade em aceitar, acreditar que realmente aconteceu.

Não fale mais que o necessário
Nessa delicada situação, o mais importante é não falar mais que o necessário e evitar comentários que possam magoar ainda mais a família, como por exemplo “Era a hora dele(a)”; “Não fique triste, vai passar”, entre outros.

1- Isaías 57:2. “Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte.” Esse primeiro versículo traduz o vínculo entre morte e bíblia no sentido de salvação.

A situação se agrava quando o indivíduo não aguenta mais adiar esse comportamento e começa a ter sintomas muito comuns durante um processo de luto: irritabilidade, ansiedade, transtornos psíquicos até mesmo dores físicas. É nesse momento que se dá início ao chamado luto atrasado.

Assim como são as emoções, com cada um sentindo-as de uma maneira, o luto é a mesma coisa. Cada pessoa tem a sua própria experiência, forma de sentir aquilo e passar pelo luto, pela interferência da sua personalidade e vivência.

O coração sente as emoções. E, as consideradas negativas, como estresse, tristeza, angústia, acentuadas durante a pandemia, podem afetar em cheio o coração e causar uma doença ainda rara chamada de Síndrome do Coração Partido – ou cardiomiopatia de Takotsubo.

É normal sentir bastante tristeza e choro após a perda de alguém importante.

É a última porta que se fecha, a família se espalha. Ela era o último elo que unia se nos aniversário, natais e festas familiares. Uma vez que a matriarca fecha seus olhos pra sempre, tudo muda tudo se perde .

três meses

Quanto tempo dura o luto de mãe? O luto, de forma geral, tem uma duração média de três meses, com sentimentos mais intensos, que vão sendo amenizados com o tempo. Nesta perspectiva, ao completar um ano da perda, o ser humano já racionalizou o acontecido e tem sua vida estável novamente.

“O trauma emocional do luto resulta em mudanças profundas na função cerebral devido ao estresse repetitivo da resposta de luta ou fuga e neuroplasticidade, que é a remodelação do cérebro em resposta à experiência e mudanças em nosso ambiente”, explicou Dra. Lisa M. Shulman, neurologista, em entrevista à Live Science.

O que acontece com nosso cérebro quando passamos pelo luto? Durante o luto é comum a presença de sentimentos como tristeza, raiva, culpa e medo. Esses sentimentos são resultado de diversas interações que ocorrem no nosso cérebro.