O que é a morte cerebral?

Perguntado por: eteixeira . Última atualização: 27 de abril de 2023
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O que significa “morte encefálica”? Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

Com uma lesão cerebral gravíssima, ele pode ter desligado os aparelhos que o mantêm vivo. Pelo menos essa é a decisão da equipe médica que cuida do menino. Mas essa decisão gerou não apenas angústia para os familiares, mas muitos debates e batalhas na Justiça.

Qual a diferença para o coma? Quando o paciente está em coma, ele apresenta viabilidade cerebral, além de fluxo sanguíneo regular no cérebro. Na morte encefálica, não há qualquer função cerebral.

Assim, com o sangue oxigenado mecanicamente, o coração pode bater por até alguns dias após a morte cerebral, e para imediatamente caso o respirador seja desligado.

Um paciente é dito em morte cerebral quando apresenta ausência total de reflexos, sendo sustentado somente pela ajuda de aparelhos. Assim, há ausência da respiração, ausência de reação a estímulos dolorosos, pupilas não reagentes e eletroencefalograma (EEG) isoelétrico (sem apresentar ondulações).

Sendo assim, mesmo que esteja o coração a bater, o sangue a circular, estará o cidadão morto, uma vez tenha cessado a atividade cerebral ou encefálica. Então, a morte cerebral é a morte verdadeira, por conseguinte o cérebro é o último órgão a parar de funcionar.

Quais as causas da morte cerebral? A morte cerebral geralmente acontece devido à combinação de dois fatores: o aumento da pressão intracraniana, devido ao inchaço cerebral (edema), e o cessar da circulação sanguínea e de fluido encefalorraquidiano, são muitas as condições que podem causar o surgimento destes fatores.

audição

A audição no último momento de vida
O estudo sobre a audição no momento da morte foi realizado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC). Na pesquisa foi constatado que a audição é o último sentido a se desligar no momento da morte.

Quando ocorre a morte encefálica, não existe mais a consciência do paciente. Ele não consegue mais pensar ou perceber o meio ao redor. Ele deixa de existir como pessoa e seus órgãos fora do sistema nervoso continuam funcionando de forma artificial”, afirma Duarte.

A morte cerebral é a perda permanente da atividade cerebral. Como resultado, as pessoas não podem respirar ou manter outras funções vitais por conta própria e elas permanentemente perdem toda a consciência e capacidade de pensamento.

Antes da morte encefálica ser declarada, todo o possível é feito para salvar a vida do seu ente querido. Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação. Dizer adeus a um ente querido que está em morte encefálica é uma experiência difícil.

De acordo com a Resolução CFM nº 2.173/17, a morte encefálica deve ser diagnosticada por dois médicos especificamente qualificados, sendo um deles titular de uma das seguintes especialidades: medicina intensiva (adulta ou pediátrica); neurologia (adulta ou pediátrica); neurocirurgia ou medicina de emergência.

Segundo o Conselho, a eutanásia é o procedimento que antecipa uma morte inevitável. Isso, pelas leis brasileiras, é homicídio. No caso da ortotanásia, agora regulamentada pelo CFM, o médico desliga os aparelhos e a morte ocorre naturalmente, sem indução.

Atualmente, os médicos declaram a morte a partir do momento em que o coração de um paciente deixa de bater. Quando isso acontece, as funções cerebrais terminam quase de imediato e a pessoa perde todos os seus reflexos.