O que diz a Bioetica?

Perguntado por: alacerda . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).

Em 1979, Tom Beauchamp e James Childress apresentam, pela primeira vez, os quatro princípios bioéticos: Beneficência, Não Maleficência, Autonomia e Justiça. A autonomia é o único dos princípios bioéticos que não é contemplado no Juramento de Hipócrates, escrito no século V a.C.

Exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.

A Bioética ajuda a compreender quais são esses limites que devem ser considerados em pesquisas científicas e procedimentos médicos em áreas mais sensíveis. A pretensão da Bioética é facilitar que os procedimentos estejam de acordo com os valores éticos e morais mais cultivados em cada sociedade.

Há diversos assuntos que necessitam de uma intervenção bioética, dentre os quais os principais são: aborto, clonagem, engenharia genética, eutanásia, fertilização in vitro, uso de células-tronco, uso de animais em pesquisas científicas e suicídio.

A bioética é interdisciplinar. Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências humanas, ela procura dar respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida de seres que podem sofrer, ou seja, seres vivos do reino Animalia.

A Bioética busca resolver os conflitos éticos e morais das práticas no campo das Ciências da Vida e da Saúde. Na Medicina, o termo remete ao estudo do comportamento moral dos médicos enquanto profissionais, suas decisões e a relação com os pacientes.

A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a Biologia. A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a Biologia, fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa é colocada em risco pela Medicina ou pelas ciências.

Princípio da justiça
No domínio da bioética, esse princípio se baseia na justiça distributiva e na equidade. Ele defende que a distribuição dos serviços de saúde deve ser feita de forma justa e que deve haver igualdade de tratamento para todos os indivíduos.

A bioética é uma ética aplicada que se preocupa do uso correto das novas tecnologias na área das ciências médicas e das soluções adequadas dos dilemas morais por ela apresentados. Trata-se, portanto, de um ramo específico da filosofia moral com características próprias (CLOTET, 2003).

Os princípios definidos e norteadores da bioética são quatro: beneficência, não maleficência, autonomia e justiça. O Princípio da Beneficência é também conhecido como princípio hipocrático da beneficência e que resumidamente orienta o profissional a sempre fazer o bem ao seu paciente.

A bioética surgiu na década de 70 como um novo campo de conhecimento, onde o interesse era de resgatar as ciências humanas, na área das ciências duras: matemática, física, química, principalmente nas ciências biológicas e na medicina.

A Bioética acaba sendo vista como um componente da Educação para a cidadania, pautada em valores e construída ao longo da escolarização nas relações mais justas, na dignidade humana.

Criados na década de 1960, os comitês de bioética hospitalar auxiliam na resolução de conflitos morais do campo da saúde, garantindo a preservação da dignidade e da humanidade dos pacientes.

Aborto, clonagem, transgênicos, ética médica e células tronco: temas polêmicos que são foco da bioética.

Coloca-se, sob o ponto de vista da bioética, a necessidade de analisar os argumentos morais de forma racional no sentido de se evitar, tanto a ideologia do endeusamento ingênuo da ciência quanto a ideologia de sua satanização.

O objetivo principal do biodireito é se ocupar das tecnologias aplicadas à saúde para balizar legalmente o estudo. Dessa forma, é possível concretizadas normas para o avanço científico e, ao mesmo, preservar a vida em todas as suas formas (não só a humana).

No Brasil, por exemplo, é ilegal pedir que um médico ajude uma pessoa a morrer. Também é ilegal desenhar o filho perfeito com a genética. Em outros países, as práticas são permitidas sem conflito legal.