O que defende o Parmênides?

Perguntado por: oparis5 . Última atualização: 6 de maio de 2023
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Sua lógica compreende uma origem única, eterna, indivisível e imutável para os seres, se diferenciando das demais teorias apresentadas até então. Ele acreditava que uma essência não pode mudar e, por essa ideia, foi considerado o fundador do imobilismo ontológico.

Parmênides optou pela radicalidade da lógica. Só existe o SER, pois o NÃO-SER é o vazio, o nada e não é possível que o SER venha do NÃO-SER, uma vez que nada vem do nada. Resumindo: não há mudança. O SER É ETERNO, CONSTANTE E IMUTÁVEL.

Parmênides é um filósofo que expôs seus pensamentos através da poesia em estilo homérico, mas nem por isso deixa de usar rigorosos argumentos dedutivos em suas colocações. Parmênides é o fundador da escola de Eléia e despertou grande admiração de Platão.

Parmênides postula os dois únicos caminhos possíveis para o conhecimento, o caminho do “ser” e o caminho do “não ser”, sendo que ambos os caminhos conduzem o pensamento ao conhecimento da verdade.

Obra. Os escritos de Parmênides se resumem na obra intitulada “Sobre a Natureza”. Entretanto, o poema do filósofo é dividido em três partes, sendo um proêmio, a segunda e terceira parte. Nesse sentido, o filósofo grego desdenha tudo o que pensava sobre a verdade e expõe teorias cosmológicas.

Para Parmênides, o devir é visto como movimento de aparência e Page 2 pouca relevância, relacionado ao mundo sensível, enquanto o ser é visto como princípio norteador do processo de unidade e imutabilidade (o ser é, mas o devir não tem direito de ser, logo o devir não é).

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  • Fragments of Parmenides (1897)
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Segundo Parmênides, o ser é a única coisa pensável e exprimível, a ponto de fazer coincidir o pensar e o ser, pois não há pensamento que não exprima o ser. Ao contrário, o não-ser é de todo impensável, inexprimível, indizível e, portanto, impossível e absurdo.

Para Parmênides, o ser é: isso significa que o ser (“aquilo que é”) é imutável e imóvel. Apenas o “ser” é a substância permanente, ou seja, em vez de identificar a essência (a arché) com algum elemento, como os filósofos anteriores fizeram, Parmênides identificou-a com o “ser”.

Para Heraclito, o movimento e a mudança eram as únicas realidade; para Parménides, o movimento era impossível e toda a realidade consistia numa substância única, imóvel e imutável. Chegou a esta extraordinária conclusão através de uma sequência de pensamentos não menos extraordinária.

Em resumo, Parmênides foi um dos mais importantes filósofos pré-socráticos, que influenciou muitos filósofos posteriores com suas ideias sobre a natureza da realidade e a importância da razão para o conhecimento verdadeiro. Sua obra é uma importante fonte de reflexão para a filosofia até hoje.

Heráclito defendia a ideia de um mundo contínuo, enquanto Parmênides definia um ser único, um ser imóvel.

Para Parmênides o ser é “incriado” e incorruptível. Se ele fosse criado deveria ter derivado de um não-ser, e isto seria absurdo, uma vez que o não-ser não é; ou então o ser viria do ser, e isto seria igualmente absurdo, porque então ele já seria.

Outro ensino de Parmênides é a sua crença de que não se podia confiar nos sentidos, mas somente na razão. Em consequência a isso, houve um divórcio entre experiência e pensamento. O ponto relevante é que, para Nietzsche, o ensino de Parmênides foi um marco significativo em toda a história da filosofia.

Assim, Parmênides conclui que o mundo que percebemos pelos sentidos é aparência e ilusão (não-ser), sendo o Ser, uno e eterno, a essência da existência. Dessa forma, “o Ser é, o não-ser não é”. Essa maneira de entender o Ser será, futuramente, uma das bases do pensamento de Platão.

Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra, discurso e razão. E se para Parmênides o lógos é também o pensar e o ser, então é a divindade que fala e que fornece a base para conhecermos, isto é, a via da verdade é a razão, o lógos divino.

Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel.

Suspeita-se que teve contato pessoal com Anaximandro; e que foi mestre de Parmênides. Aristóteles disse que Xenófanes foi “o primeiro partidário do Um”, daí que seria um precursor de Parmênides.

A escola eleática tem o seu nome derivado da cidade de Eleia, ao sul da Itália, lugar de origem de seus principais pensadores: Parmênides, Zenão e Melisso. Essa escola caracterizou-se por não procurar uma explicação da realidade baseada na natureza.

Dentre os filósofos da antiguidade, Heráclito se destaca como o filósofo do movimento. Sua famosa expressão “não é possível banhar-se duas vezes nas águas do mesmo rio” tornou-se emblemática quando se trata de pensar a noção de devir.

Em oposição a Parmênides, Heráclito faz uso da metáfora do fogo para defender que a realidade é explicada pelo movimento incessante. Esse pensamento pode ser ilustrado pela máxima heraclitiana de que “nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, porque as águas não são as mesmas e nós também não”.