O que causa a intolerância à lactose?

Perguntado por: oviana . Última atualização: 11 de fevereiro de 2023
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Intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite). O problema é resultado da deficiência ou ausência de uma enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção.

Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, uma enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite.

A deficiência primária de lactase desenvolve-se com o tempo e inicia após a idade de cerca de 2 anos, quando o corpo começa a produzir menos lactase. A maioria das crianças que têm deficiência à lactase não apresentam sintomas de intolerância à lactose até no final da adolescência ou idade adulta.

Não existe um alimento que a faça desaparecer, mas quando a pessoa ingere a lactose contida no leite ou alimentos lácteos junto com outro tipo de alimento, principalmente os gordurosos, o organismo reagirá com menos intensidade nos desconfortos.

Uma vez diagnosticada a intolerância, pode-se evitar os sintomas excluindo leite e derivados, além de produtos ou alimentos preparados com leite. Outra forma de evitar os sintomas é experimentar os suplementos da enzima lactase, disponíveis no mercado em comprimidos ou tabletes mastigáveis.

É possível desenvolver intolerância à lactose na vida adulta? Sim. Em síntese, a intolerância à lactose aparece em três contextos diferentes: na infância, por doenças intestinais e/ou por envelhecimento. No primeiro caso, a criança tem uma deficiência congênita, isto é, nasceu com ela e é genética.

O leite de vaca pode ser substituído pelo leite de soja, de arroz, de coco ou até de amêndoas. Em alguns casos, é possível produzi-los em casa, com ingredientes naturais. Já para quem não abre mão do queijo, o tofu pode entrar como uma opção, além de já haver algumas opções de queijo sem lactose.

Os alimentos produzidos com leite animal e seus derivados contêm lactose, como o creme de leite, leite condensado, leite em pó, iogurte, doce de leite, requeijão, queijo, e também todos os alimentos elaborados com esses ingredientes, como bolos, crepes, pudins, sorvetes, brigadeiros, tortas, pizzas, sanduiches, etc.

Os primeiros sintomas da intolerância à lactose, com maior predominância, são dor abdominal, distensão, borborigmos – os barulhos que o intestino faz quando em contato com líquidos ou gases -, e flatulência.

Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado diminui a produção de lactase após uma lesão, cirurgia ou doença no intestino delgado. Entre estas doenças estão: doença celíaca, supercrescimento bacteriano e doença de Crohn.

A intolerância à lactose primaria tem a ver exatamente com esse processo gradual de baixa na produção da enzima lactase pelo organismo. Nesse caso, a intolerância, ou seja, a incapacidade de digestão da lactose, é permanente, não há cura.

Não há um período de crise específica, ou seja, não podemos afirmar que qual será a duração da crise. Os desconfortos normalmente começam de 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos que contenham a lactose. O consenso é que pode durar o tempo que a lactose fica presente no nosso organismo.

Teste de intolerância à lactose, que é oferecido pelo SUS de forma gratuita e é feito pela coleta de amostras de sangue após o paciente ter ingerido uma dose de lactose em jejum. O resultado é positivo quando a taxa de açúcar no sangue permanece a mesma após a análise de glicose das amostras.

A intolerância à lactose é causada pela falta da enzima lactase. Os sintomas em crianças incluem diarreia e baixo ganho de peso, enquanto os sintomas em adultos incluem distensão abdominal e cólicas, diarreia, flatulência e náusea.

A intolerância à lactose passa depois de um tempo? Nos casos de pessoas adultas, a intolerância não passa, na maioria dos casos. “Na verdade, no decorrer da vida, o problema pode se agravar, pois a produção de lactase pelo intestino delgado pode ir diminuindo.