O que causa a doença sepse?

Perguntado por: egaspar . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos.

Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada.

A sepse em si não é algo que possa ser transmitido de uma pessoa para outra. A sepse é o agravamento de uma infecção previamente estabelecida. É, por exemplo, uma infecção urinária ou uma pneumonia que está evoluindo de forma perigosa e se espalhando pelo corpo.

Para resumir, os pacientes sobreviventes de sepse podem apresentar uma série de sequelas físicas, cognitivas, e saúde mental que são tipicamente duradouras, subdiagnosticadas e podem causar um grande impacto na vida do indivíduo.

Contudo, em alguns casos pode levar até 7 dias para identificação completa.

A melhor forma de prevenir a Sepse é evitar as infecções que podem dar origem a essa doença. Medidas simples como respeitar o calendário de vacinação das crianças, utilizar instalações sanitárias limpas, ingerir somente água potável e realizar partos em condições de higiene adequadas podem ajudar a prevenir a Sepse.

Os medicamentos mais usados para o tratamento de sepse são:

  • Bactrim.
  • Ceftriaxona Dissódica.
  • Ceftriaxona Sódica.
  • Ciprofloxacino.
  • Clocef.
  • Cloridrato de Dopamina.
  • Clavulin.
  • Meropeném.

A mortalidade por Sepse ou Infecção Generalizada no Brasil é especialmente alta. Enquanto a média de mortalidade mundial é de 30-40%, aqui é de 65%.

Dessa forma, os principais sintomas dessa condição são:

  1. Febre alta;
  2. Diarreias;
  3. Tremores;
  4. Calafrios;
  5. Náuseas;
  6. Redução da produção de urina;
  7. Queda da pressão sanguínea;
  8. Aumento da contagem de leucócitos e redução do número de plaquetas, nos exames de sangue.

Os sinais normalmente são febre elevada, tremores, náuseas, diarreias e calafrios. Também existem casos que pode não apresentar febre, principalmente em idosos. No entanto, a pessoa fica abatida, desorientada e mentalmente confusa. Em qualquer um desses casos, é importante buscar orientação médica de imediato.

Perguntas frequentes sobre sepse
O choque séptico é o estado mais avançado da sepse, que ocorre quando há queda perigosa da pressão arterial, que pode levar à falência de órgãos.

No HCor, identificamos o paciente da enfermaria com suspeita de sepse com um código amarelo, que representa que esse paciente não pode esperar, tem prioridade de atendimento e receberá tratamento específico imediatamente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse (sepsis ou septicemia) é uma das doenças que mais mata globalmente: são 11 milhões de vítimas por ano. O Brasil, por sua vez, apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo, sendo aproximadamente 240 mil pessoas anualmente.

A infecção generalizada, chamada também de sepse, pode ser definida, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, como “uma condição de risco de vida que surge como resposta do corpo a uma infecção, danificando os seus próprios tecidos e órgãos”.

A recomendação continua sendo de iniciar o antimicrobiano imediatamente após a suspeita ou confirmação diagnóstica (deve ser iniciado o mais precocemente possível na 1ª hora de atendimento). Quanto mais precoce o início do antibiótico, melhores são os desfechos.

- Administração de antimicrobiano empírico: Devem-se administrar antimicrobianos intravenosos de largo espectro na primeira hora após o diagnóstico da sepse. Durante todo o tratamento, principalmente nas primeiras 24 horas, reavaliar seu uso conforme o resultado da coloração de Gram, das culturas e da evolução clínica.

A utilização de antibióticos em pacientes sépticos é indispensável para o tratamento da sepse (B)(9)(D). Esta terapia permanece crucial para o prognóstico destes pacientes, uma vez que a taxa de mortalidade foi maior em indivíduos que receberam terapia antimicrobiana inadequada (B).