O que altera primeiro na anemia ferropriva?

Perguntado por: alima . Última atualização: 23 de maio de 2023
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Com a deficiência de ferro, ocorre uma depleção dos estoques, primeiramente. Posteriormente, com o fim dos estoques, reduz-se a síntese de hemoglobina. Caso não tratado, essa deficiência de ferro causará a anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é uma doença que ocorre por conta da deficiência de ferro no corpo, reduzindo o volume de hemoglobina e hemácias – células sanguíneas que transportam oxigênio para os tecidos do organismo.

O diagnóstico de anemia é feito através do hemograma, o exame de sangue que nos mostra os valores da hemoglobina e do hematócrito (percentual de hemácias no sangue). Em geral, dizemos que há anemia quando o hemograma mostra: Hematócrito menor que 41% nos homens ou 35% nas mulheres.

As causas de deficiência de ferro e consequente anemia são diver- sas e podem ser divididas de acordo com sua origem: perda sanguínea, ingestão insuficiente, absorção inadequada e demanda aumentada.

Caso não tratado, essa deficiência de ferro causará a anemia ferropriva. Isso acontece de maneira lenta, em estágios: depleção dos estoques de ferro, eritropoiese deficiente em ferro e, o último estágio, anemia ferropriva.

Conseqüentemente, o RDW tende a ser maior na anemia ferropriva do que nas talassemias menores.

A transferrina aumenta durante a deficiência de ferro como tentativa de compensar o déficit. A deficiência do ferro, propriamente dita, começa quando a demanda é maior que a oferta, tornando necessário a utilização das reservas de ferro na medula óssea, levando a uma depleção progressiva desse depósito.

Exames laboratoriais

  • Hemograma. As alterações dependem muito da causa da hemólise. ...
  • Contagem de reticulócitos. ...
  • Desidrogenase lática (DHL ou LDH) ...
  • Bilirrubinas. ...
  • Haptoglobina. ...
  • Eletroforese de hemoglobinas. ...
  • Teste da antiglobulina direto (TAD)

É importante diferenciar o diagnóstico de anemia de doença crônica com o da anemia ferropriva.. Um resultado de ferritina sérica inferior a 12ng/ml confirma o diagnóstico de deficiência de ferro, enquanto que valores acima de 200 ng/ml excluem esse diagnóstico, mesmo em pacientes com doença inflamatória ou neoplásica..

A anemia por deficiência de ferro é, isoladamente, a mais comum das deficiências nutricionais do mundo e ocorre como resultado de perda sanguínea crônica, perdas urinárias, ingestão e/ou absorção deficiente e aumento do volume sanguíneo. Na anemia ferropriva ocorre diminuição dos níveis plasmáticos de ferro.

A deficiência de ferro é diagnosticada quando o ferro sérico está abaixo de 30 miligramas por decilitros, a saturação de transferrina está abaixo de 16%, e a capacidade total de ligação de transferrina está acima de 250-390 microgramas por decilitros (COSTA, 2015).

VCM e HCM baixos: indica anemia por falta de ferro; VCM e HCM normais: indica anemia crônica, talassemia; VCM e HCM altos: indica anemia megaloblástica.

No hemograma pode ser percebida uma redução do VCM, HGB, CHCM e Hemoglobina Corpuscular Média (HCM). Caso o quadro do paciente tenha evoluído para hiperesplenismo, é possível observar também pancitopenia.

A anemia é detectada através do exame de sangue. O médico observa o hemograma, a quantidade de ferro e zinco, as proteínas e as vitaminas. O profissional irá avaliar a quantidade de glóbulos vermelhos e hemoglobinas, sendo normalmente um indicativo de anemia quando os valores da hemoglobina estão baixos.

A presença de anemia e de ferritina sérica menor que 12 ng/mL praticamente confirma o diagnóstico de anemia ferropênica; entretanto, como a ferritina é uma proteína de fase aguda, seus valores podem estar elevados quando há deficiência de ferro no organismo; por exemplo, pacientes com infecção, inflamação ou câncer ...

Quadros de infecção, inflamação ou câncer podem apresentar níveis normais ou até mesmo aumentados de ferritina. Nesses casos, níveis da proteína abaixo de 100 ng/mL podem ser um indicativo de anemia ferropênica. Nesses casos, uma ferritina sérica de até 100 ng/mL ainda é compatível com a deficiência de ferro.

Um valor de RDW elevado significa que os eritrócitos apresentam variação de tamanho superior à geralmente encontrada em amostras de animais saudáveis e normalmente é observado em condições de falha na eritropoiese (deficiência de ferro, vitamina B12, hemoglobinopatias), na destruição aumentada de eritrócitos ( ...

Como é produzida no fígado, a transferrina está baixa quando há doença hepática. Como os níveis de transferrina também diminuem quando não há proteínas suficientes na dieta, o exame pode ser usado para monitorar a nutrição.

O RDW é um parâmetro da variabilidade de tamanho dos eritrócitos, traduzindo o grau de anisocitose numa amostra sanguínea. O mesmo proporciona informações complementares ao Volume Corpuscular Médio (VCM), que representa a média do tamanho dos eritrócitos.