O que afeta o volume sistólico?

Perguntado por: aramires . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Determinantes. Homens, em média, têm volumes sistólicos mais elevados do que as mulheres, devido ao maior tamanho médio do coração. No entanto, o volume sistólico depende de outros fatores, como contratilidade, duração da contração, pré-carga (e volume diastólico final) e pós-carga.

A frequência cardíaca indica o número de batimentos do coração por minuto. Ou quantas vezes foi ejetado o sangue por minuto. Enquanto o volume sistólico representa o quanto de volume de sangue foi expelido a cada um desses batimentos.

Determinantes do Débito Cardíaco
No débito sistólico, há três variáveis que influenciam no DC, são eles: a pré-carga, a contratilidade cardíaca e o pós-carga. A pré-carga ou retorno venoso, é definido como o estiramento dos cardiomiócitos, associado ao comprimento dos sarcômeros, antes da sístole (KLABUNDE, 2015).

Durante o exercício de resistência, movimentos repetitivos e coordenados durante um período sustentado resultam num aumento da FC, do volume sistólico, do débito cardíaco e da pressão arterial sistólica principalmente através da estimulação simpática e dos efeitos da bomba muscular esquelética.

Uma medida importante para avaliar a função sistólica é a Fração de Ejeção (FE) que corresponde à porcentagem do volume diastólico final que é ejetado, ou seja, o quanto ejetamos (DS), dividido pelo total que havia no coração (VDF) antes da ejeção, que tem como valor normal de 50 a 70%.

Quanto mais alto os valores sistólicos e diastólicos, maior a pressão contra as paredes das artérias e maior o esforço do coração.

A pressão arterial sistólica (PAS), também conhecida como “pressão máxima”, se refere à pressão do sangue no momento que o coração se contrai para impulsionar o sangue para as artérias. Quanto mais o coração se contrai, maior é a pressão sistólica.

A pressão sistémica é mais alta na aorta e declina à medida que percorre os vasos sanguíneos para atingir praticamente o valor zero na aurícula direita.

O fator que mais interfere na pós-carga é a resistência vascular periférica, porém, como esta não pode ser medida, utiliza-se a pressão arterial como parâmetro para avaliar a pós-carga. Quanto maior a pressão arterial, maior é a pós-carga, ou seja, mais difícil é a ejeção.

Evidências de má perfusão (baixo débito cardíaco): Pressão de pulso reduzida, pulso fino, extremidades frias, hipotensão arterial, sonolência. Evidências de congestão: Ortopneia, ingurgitamento jugular, 3ª bulha, edema/ascite, estertores pulmonares, hepatomegalia.

Porém, como tudo na vida, o Débito cardíaco também não é imutável, está passível de alterações a todo momento. É o que acontece por exemplo, quando você realiza uma atividade física, onde a frequência cardíaca aumenta e consequentemente leva ao aumento do débito cardíaco.

Débito sistólico (volume sistólico ou VS)
Quando os ventrículos esvaziam durante a contração, que é a sístole, o volume diminui por volta dos 70ml.

O controle cardíaco é feito por dois mecanismos, o intrínseco e o extrínseco. No caso deste último, o controle é feito pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que subdivide-se em ramos simpático e parassimpático originando respostas fisiológicas que produzem equilíbrio entre o coração e o organismo.

A pressão arterial sistólica (PAS) aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco. A pressão arterial diastólica reflete a eficiência do mecanismo vasodilatador local dos músculos em atividade, que é tanto maior quanto maior for a densidade capilar local(1,9).

A frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica, durante a realização do exercício físico dinâmico, aumentam de forma linear de acordo com a intensidade do esforço, e a pressão arterial diastólica pode permanecer inalterada, aumentar ou até mesmo cair ligeiramente.