O que acontecia com os escravos que tentavam fugir?

Perguntado por: egomes . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Os escravos fugitivos eram perseguidos pelos capitães-do-mato que capturava-os em troca de recompensa. De volta às fazendas, eles sofriam severos castigos. Nos anos finais da escravidão, a fuga em massa se intensificou e eles passaram a se organizar em quilombos.

Aqueles que fossem pegos seriam presos por 5 dias e levariam 50 açoites por dia enquanto estivessem na prisão.

Cerca de 70 rebeldes morreram e mais de 500 sofreram prisão, açoites ou deportação.

No Brasil, o capitão do mato foi o serviçal de uma fazenda ou feitoria encarregado da captura de escravos fugitivos.

Tubman carregava uma pistola, não apenas para proteção contra caçadores de escravos, mas também para desencorajar fugitivos que pudessem mudar de ideia e desistir da jornada, o que colocaria em risco a segurança do resto do grupo.

Algumas formas eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos. Também havia a capoeira, que era considerada uma forma de resistência, diferente do fenômeno urbano do século 19.

A primeira seriam as fugas de ruptura, em que os escravos fugiam das fazendas e engenhos em busca da liberdade, criando quilombos e rompendo com o escravismo. Porém, havia ainda as fugas por reivindicação, em que os escravos fugiam das fazendas, mas sem o objetivo de conseguirem a liberdade.

Os quilombos, na era colonial e imperial, foram espaços construídos pelos escravos negros africanos e afrodescendentes fugidos da escravização em busca de viver em liberdade.

Quando os escravos fugiam, geralmente, formavam no meio das matas, núcleos populacionais chamados de quilombos, nesses locais eles resistiam à escravidão e defendiam a sua liberdade.

Os estudos conduzidos pelos historiadores apontam que os africanos eram mais resistentes à escravidão do que os crioulos, porque muitos dos povos africanos escravizados possuíam um histórico recente de envolvimentos com a guerra, como foi o caso dos nagôs e haussás.

Os documentos mostram que a fuga e os quilombos não eram as únicas formas de resistência dos negros perante a escravidão: rebeliões, assassinatos, suicídios , revoltas organizadas também fizeram parte da história da escravidão no Brasil. Das revoltas históricas, a mais conhecida foi a dos Malês, em Salvador.

No caso das escravas, a violência ganhava outra dimensão, pois além de tudo que sofriam em relação ao trabalho, ainda eram vítimas de estupros frequentes praticados por seus senhores e feitores.

Após setembro de 1871, as crianças que nasceram de ventres escravos ganharam a condição de livres, mas, apesar dessa condição, continuaram a viver dentro das escravarias junto com seus familiares cativos.

Alguns desses estudos apontam a existência de dois tipos principais de fuga realizadas pelos negros: as fugas de rompimento e as fugas reivindicativas. As fugas de rompimento eram as que questionavam na prática a escravidão, pois o escravo lutava para alcançar sua liberdade do jugo de seu senhor.

O ofício mais temido nos engenhos era o de feitor, pois sua função era vigiar e castigar os escravos nos períodos que estes estivessem trabalhando pouco e nos momentos das fugas.

No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos.

Mucama era o nome dado à criada negra (ou escrava) que prestava serviços domésticos para seus senhores. Costumavam ser jovens e belas e, em alguns casos, também serviam como ama de leite para os filhos de seus patrões.