O que aconteceu com os escravos depois da independência dos Estados Unidos?

Perguntado por: eneves . Última atualização: 26 de maio de 2023
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Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos. Após a Lei Áurea, muitos libertos abandonaram os locais que moravam e procuraram empregos em outras fazendas. Ouça o texto abaixo!

Em 18 de dezembro de 1865, os Estados Unidos abolem a escravidão por meio da 13ª Emenda à Constituição, acabando com um dos maiores sistemas de produção escravistas registrados pela História.

Em 1863, por decreto e emenda constitucional, Lincoln aboliu a escravidão. Cerca de 200.000 soldados negros lutaram ao lado da União e tornaram–se eleitores. Lincoln planejava assegurar escolaridade aos ex–escravos, e também alguns direitos civis, mas foi assassinado por um racista na Sexta–Feira Santa de 1865.

Logo após a declaração de independência dos Estados Unidos em 1776, os principais oficiais das treze antigas colônias britânicas, — agora, Estados dos Estados Unidos — passaram a planejar a instalação de um sistema de governo central, que seria válido para todo o novo país.

Em 1865, foi passada a Décima Terceira Emenda à Constituição americana, abolindo a escravidão em todo o território dos Estados Unidos.

A força da pressão popular, por meio do movimento abolicionista, e as constantes revoltas dos escravos criaram o clima que obrigou o Império a abolir o trabalho escravo em 13 de maio de 1888, com a citada Lei Áurea. A abolição do trabalho escravo foi recebida com festa pela população brasileira.

Foi após a Independência também que elites brasileiras entenderam melhor o colapso da escravidão. “Quando o Brasil rompe com Portugal, torna-se claro para as elites brasileiras que a permanência do tráfico negreiro transatlântico dentro do quadro político imperial português não seria mais possível”, disse.

No passado, elas viviam submetidas ao trabalho duro, castigos e grande violência. Com o fim da escravidão, elas tornaram-se livres dos jugos impostos pelo senhor, mas não conseguiu livrar das péssimas condições de trabalho e baixa remuneração pelas quais passaram.

Em 1803, a Dinamarca aboliu o comércio de escravos, seguindo-se a Inglaterra em 1807, a França em 1817, a Holanda em 1818 a Espanha em 1820 e a Suécia em 1824. Nas colônias britânicas, a escravidão foi finalmente abolida em 1833, nas holandesas em 1863.

Haiti

Ou seja: conhecer a história da Revolução do Haiti (1791 – 1825). Foi o primeiro país a abolir a escravidão e o segundo a proclamar a Independência nas Américas. Tornou-se o único caso na história da humanidade em que uma insurreição de escravos destruiu a sociedade vigente e gerou uma nação.

Vermont aboliu a escravidão em 1777, quando ainda era independente, e quando se juntou aos Estados Unidos como o 14º estado, em 1791, foi o primeiro estado a aderir a escravidão. Kentucky foi criado um estado de escravos da Virgínia (1792), e Tennessee foi criado um estado de escravos da Carolina do Norte (1796).

240 anos

Nos Estados Unidos, o sistema durou 240 anos e recebeu o total de 389 mil cativos. A abundância ou escassez de novos escravos produziu formas de tratamento e de vida diferentes.

Brasil

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

As estimativas mais recentes apontam para algo em torno de mil escravos - talvez menos - trazidos diretamente da África para os Estados Unidos, entre 1820 e a guerra civil iniciada em 1861. Há também pouquíssimas evidências de um contrabando negreiro a partir do Caribe.

A independência dos Estados Unidos foi resultado do choque de interesses entre Inglaterra e Treze Colônias. Os ingleses aumentaram sensivelmente a cobrança de impostos e se tornaram mais rígidos no cumprimento das leis. A insatisfação dos colonos motivou protestos e conflitos com os ingleses.

Deu-se início a uma série de batalhas e à guerra de independência dos EUA. Em meio às batalhas, líderes de diferentes estados, entre eles Thomas Jefferson, Samuel Adams, Richard Lee e Benjamin Franklin, organizaram congressos na Filadélfia para elaborar uma declaração de direitos com inspiração iluminista.

A Independência dos EUA e o modelo de nação desenvolvido pelos norte-americanos no século XVIII serviram de inspiração para outras nações do continente americano. A República instaurada no Brasil, a partir de 1889, por exemplo, inspirou-se claramente no modelo norte-americano.

Os últimos foram New Jersey, em 1866; Delaware, em 1901; e Kentucky, em 1976.

Além disso, independentemente de quem foram os culpados pela escravidão, não há dúvidas de que os 4,9 milhões de africanos trazidos como escravos para o Brasil são as vítimas. Nenhum outro lugar do mundo recebeu tantos escravos. Em comparação, nos Estados Unidos, foram 389 mil.