O que aconteceu com os acionistas da OGX?

Perguntado por: saparicio . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Antiga OGX de Eike Batista dá adeus ao investidor, depois de disparar 238% Antiga OGX de Eike Batista, a Dommo Energia (DMMO3) está oficialmente dando adeus aos investidores da Bolsa brasileira, depois de uma disparada de 238% dos papéis desde o início do ano passado.

Com pedido de recuperação, acionistas são os últimos na fila para receber. Quem tem ações da OGX, a empresa de Eike Batista que entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (30), teve seu patrimônio reduzido a pó, pelo menos no curto prazo, segundo analistas ouvidos pelo G1.

A PetroRio, ou PRIO (PRIO3), quer obter ganhos fiscais com a compra da Dommo (DMMO3), a antiga OGX de Eike Batista, disseram analistas nesta sexta-feira (2).

Fernando Paganini

SÃO PAULO – O investidor Fernando Paganini perdeu muito dinheiro com as ações da OGX, a empresa pré-operacional de petróleo criada pelo ex-bilionário Eike Batista. Paganini chegou a aplicar R$ 400 mil nos papéis.

E os problemas operacionais na hora de extrair petróleo podem fazer com que a empresa volte a escala zero do dia para a noite – o que acabou acontecendo com a OGX, após junho de 2012. A produção fraca fazia com que a companhia não conseguisse gerar caixa suficiente para pagar as dívidas e o seu juro.

A petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, registrou um prejuízo líquido de R$ 804,6 milhões no primeiro trimestre por conta de despesas bilionárias com poços secos. O balanço foi divulgado na noite desta quinta-feira (9).

BTG Pactual

O Pactual fez parte do consórcio de bancos coordenadores das quatro ofertas e atuou como líder em três: na petroleira OGX, na mineradora MMX e na geradora de energia MPX. Hoje configurado como BTG Pactual, o banco de André Esteves é o responsável por estruturar o desmonte do grupo que ajudou a criar.

Além de Eike Batista, foram denunciados Paulo Manuel Mendes Mendonça (ex-diretor de exploração e ex-diretor-presidente da OGX), Marcelo Faber Torres e Roberto Bernardes Monteiro (ex-diretores financeiros e de relações com investidores), Reinaldo José Belotti Vargas (ex-diretor de produção), Paulo de Tarso Martins ...

As sucessivas frustrações com o nível de produção da OGX e a queima de caixa pela petroleira têm motivado forte queda das ações da empresa, contagiando os papéis de outras companhias de Eike listadas na Bovespa.

Hoje, com patrimônio bloqueado e seu império empresarial reduzido a poucos e pequenos negócios – e certo mistério sobre suas atuais fontes de renda -, o ex-bilionário, pai pela quarta vez em março, não vive mais o glamour de outrora, mas parece longe de passar necessidades, trabalhando e morando em sua mansão no Rio.

O CEO Laerte (Marcelo Valle) é Rodolfo Landim, ex-Petrobras, que divergiu de Batista em vários momentos e foi aos tribunais exigir que o empresário cumprisse a promessa de lhe dar 1% do grupo X.

A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX do empresário Eike Batista, comunicou, nesta segunda-feira, em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ter feito uma importante descoberta de petróleo e gás natural no bloco BM-S-57 no pós-sal na Bacia de Santos.

Com patrimônio estimado em US$ 30 bilhões, Eike estava no auge com as empresas do Grupo X: OGX (petroleira), OSX (estaleiro), MMX (mineradora), LLX (logística) e MPX (energia), entre outras.

As 11 ações da carteira de Luiz Barsi – duas trazem grande incerteza.

Benigno (Thelmo Fernandes) é o braço direito de Eike e tem o papel de conduzir o público naquela história sem sal e sem açúcar.

A OGX, que já firmou contrato com a Shell para a venda 1,2 milhão de barris de petróleo, agora deverá testar diferentes níveis de vazão para estabilizar a produção em 15 mil barris diários.

Durante a entrevista, por diversas vezes Eike afirmou que não vendeu participações na petroleira para ganhar dinheiro, mas apenas para honrar compromissos. “Tive várias propostas de vender esse ativo na criação de riquezas. Só que a gente achava que era muito maior.