O que aconteceu com a filha de Thiago?

Perguntado por: lcamilo . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Lua sofre de retinoblastoma, tumor que atinge os olhos. Desde então, a menina passou por quimioterapia e radioterapia.

"O câncer de Lua é raro, que se desenvolve dentro dos olhos e é comum em crianças", alertou. "Se você tiver uma criança em casa com o olho diferente, com uma mancha branca, corre para o oftalmologista." O diagnóstico de Lua foi feito em outubro de 2021.

Dor de cabeça; Dor nos olhos; Globo ocular maior do que o normal; Perda de visão total ou parcial.

Tiago Leifert está engajado atualmente na recuperação da filha Lua, de dois anos, que trata um retinoblastoma bilateral, um tipo de câncer ocular diagnosticado graças as observações do jornalista de que algo estaria diferente nos olhos da criança.

Retinoblastomas grandes podem afetar a visão, mas tendem a causar poucos sintomas adicionais. Caso tenha ocorrido disseminação do câncer, os sintomas podem incluir dor de cabeça, perda do apetite ou vômitos.

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular, mais comum em crianças e responde por 3% dos cânceres infantis, chegando a cerca de 400 casos por ano. Entre 60% e 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente.

Identificar o retinoblastoma precocemente é pré-requisito básico para o sucesso do tratamento. A investigação para se chegar ao diagnóstico pode ser feita pelo neonatologista ainda na maternidade ou pelo oftalmologista, nos exames de rotina dos primeiros anos de vida da criança, por meio do Teste do Reflexo Vermelho.

O blastoma pulmonar é um tumor maligno raro, de crescimento rápido, associado a um prognóstico pobre, composto por uma mistura de células epiteliais e mesenquimais malignas que morfologicamente se assemelham às do pulmão embrionário.

O câncer ocular é um grupo de doenças relativamente raras, quando surge um câncer em alguma parte dos olhos. Podem surgir cânceres na superfície do olho, dentro dele ou nas pálpebras. O tumor maligno pode inclusive se espalhar para outros órgãos do corpo (gerar metástases).

“Tumores pequenos de retinoblastoma podem ser tratados com métodos especiais que permitem que a criança continue a enxergar normalmente.

Os retinoblastomas podem causar outros sinais, como estrabismo (presente em até 1/4 dos casos), tremor e vermelhidão persistente nos olhos.

A doença pode causar cegueira e levar à morte, mas tem chances de cura em até 100% dos casos se diagnosticada a tempo. Responsável por atingir cerca de 400 crianças por ano no Brasil, o retinoblastoma é o tumor ocular mais comum na infância, de acordo com o Ministério da Saúde.

A Dra. Carla Macedo, oncologista pediátrica do GRAACC explica: “Quando diagnosticado precocemente, e tratado em centros de referência, a chance de cura é de 90%, mas a grande preocupação é quando o câncer já saiu do olho, o que chamamos de metástase. Quanto mais cedo identificar a doença, maior é a chance de cura”.

Diferentemente de outros tumores oculares, o retinoblastoma pode ser percebido em casa por meio de fotografias. “Geralmente, um dos primeiros sinais é o reflexo de cor branca na retina do olho da criança”, alerta a oftalmologista pediátrica do Pequeno Príncipe, Pérola V. Iankilevch.

Reflexo pupilar branco.
Esse é o sinal mais frequente da doença.

O sintoma mais comum é a presença de um reflexo brilhante/esbranquiçado no olho. Esse reflexo pode ser melhor percebido em fotos, quando a luz do flash bate sobre os olhos. As crianças também podem apresentar: Estrabismo (olho vesgo);

Distúrbios visuais; Linfonodos aumentados; Dor de cabeça persistente e progressiva, primariamente noturna, que acorda a criança ou aparece quando ela se levanta de manhã, acompanhada de vômito ou de sinais neurológicos.

A luz refletida pelos objetos atravessa a córnea, a pupila, o cristalino e chega a retina, onde células especializadas codificam a imagem e o nervo óptico leva o estímulo para o cérebro. A pupila funciona como o diafragma de uma máquina fotográfica, controla a entrada de luz de acordo com o ambiente.