O que acontece se uma dívida foi cobrada judicialmente?

Perguntado por: dtorres . Última atualização: 6 de maio de 2023
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A ação de cobrança, também chamada de cobrança judicial, é o ato de cobrar uma dívida através da Justiça. Esse tipo de processo garante ao credor a possibilidade de reaver seu dinheiro quando o devedor se recusa a pagar. Após a negociação da dívida, o juiz determina um prazo máximo para o pagamento do débito em aberto.

Veja o que pode acontecer: Penhora de dinheiro: é o bloqueio de valores da direto da conta bancária pelo sistema do Banco Central. Penhora de bens: o juiz pode mandar recolher diversos bens, de imóveis (desde que não seja sua residência) e automóveis a utensílios domésticos e eletrônicos.

Em linhas gerais, o ajuizamento de dívidas significa que a sua dívida será cobrada judicialmente, ou seja, por meio da justiça. É a abertura de um processo judicial pelo credor. Quando isso acontece, é muito provável que seu crédito fique comprometido e conste restrições em seu nome no SPC e Serasa, por exemplo.

Quando o devedor não possui bens para a penhora, devem os autos ser declarados suspensos na forma do art. 791 , III, CPC , inviável como o é a extinção sem a provocação da parte adversa. Apelo do credor a que se dá provimento para a suspensão do processo.

Como na grande maioria dos casos o tempo máximo para prescrição é de até cinco anos, conforme veremos mais à frente, convencionou-se dizer que um débito não pode ser mais cobrado judicialmente após esse período.

Caso não encontre nenhum bem, pode ser pedido o sobrestamento do feito por um prazo pré-determinado (Ex.: 180 dias), período em que se espera que novos bens apareçam e possam ser penhorados posteriormente.

O parcelamento funciona da seguinte forma:

  1. É preciso fazer o requerimento específico para o juízo através de advogado.
  2. Realizar o pagamento inicial de 30%.
  3. O parcelamento do restante do valor pode ser feito em até 6 vezes.
  4. Respeitar o prazo legal.

Os valores que estão depositados na sua caderneta de poupança são impenhoráveis desde que eles sejam de até 40 salários-mínimos. Exemplo: em 2022 o salário mínimo é de R$ 1.212, logo, o valor máximo na poupança para que ela não seja penhorada é de R$48.480.

No processo de cobrança judicial podem ser cobradas as parcelas vencidas de um financiamento, assim como as que forem vencendo durante o processo. Então, para empresas que querem reaver seus créditos e que, às vezes, até dependem desses valores para manter sua empresa de pé, a cobrança judicial é muito bem-vinda.

Para o parcelamento de dívidas ativas ajuizadas será necessária a apresentação do TRP - Termo de Regularização para Parcelamento, emitido pela Procuradoria Geral do Estado, visando comprovar o pagamento ou parcelamento dos honorários advocatícios.

Como faço para quitar a dívida cobrada judicialmente
Reconhecendo que o débito é seu, o melhor caminho é quitar a dívida e, caso você não disponha do valor no momento, pode propor uma negociação. Para isso, você pode optar por alguns caminhos, sendo um deles solicitar à Justiça o parcelamento da dívida.

O prazo médio de tramitação de um processo judicial no Brasil é de 2 anos e 3 meses do seu ajuizamento até a sua baixa. Em análise por espécie de justiça, verifica-se que na justiça estadual esse prazo médio é de 2 anos e 7 meses; na federal é de 1 ano e 8 meses; na justiça do trabalho é de 1 ano e 2 meses.

Nessas situações, basta que o comerciante entre com uma ação visando advertir o devedor sobre o débito pendente. Isso pode ser feito por meio de uma ação monitória e ela deve ser formalizada no Juizado Especial Cível (JEC) mais próximo. prazo para dar entrada em uma ação monitória é de até cinco anos.

Nesses casos, quando o Oficial de Justiça lavrar o termo de penhora desse crédito, o escrivão responsável pela secretaria onde tramita o processo deverá ser intimado para que faça constar nos autos a constrição do valor, fazendo a chamada penhora no rosto dos autos.

Nos termos da Lei, são impenhoráveis os concretos bens que estiverem em compropriedade ou em comunhão, se a execução for movida apenas contra algum ou alguns dos comproprietários ou contitulares de património autónomo ou bem indiviso.

Em cinco anos, prescrevem as dívidas contraídas por instrumento público ou particular. Vale lembrar que as dívidas só prescrevem se nunca tiverem sido cobradas. Ou seja, se você está sendo cobrada por uma dívida, ela nunca irá prescrever.

Segundo o Artigo 205 do Código Civil Brasileiro, as dívidas têm um prazo de 5 anos, contado a partir da data de vencimento, para serem cobradas na Justiça. Após esse período, o débito é prescrito e o credor não pode mais reivindicar essa pendência.

No Portal do Tribunal de Justiça, no menu "Consulta de Processos" localizado no canto superior direito da página se estiver com o número do processo. A pesquisa também pode ser feita pelo número do processo ou pelo nome das partes no segmento “Cidadão”, link "Consulta de Processos".