O que acontece se um paciente acordar durante a cirurgia?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 25 de abril de 2023
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Acordar durante a cirurgia pode causar traumas psicológicos | ALERT-ONLINE.COM - Brasil. Dois em cada mil doentes despertam da anestesia durante uma cirurgia, um acontecimento considerado como uma complicação ocasional da anestesia.

Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada. Sob o efeito de uma anestesia geral, você ficará dormindo; já numa anestesia regional você poderá ficar dormindo ou acordado, conforme a conveniência do caso.

O ideal é passar pelo procedimento sempre dormindo. Vale lembrar que dormir durante a cirurgia plástica não quer dizer necessariamente ter que submeter a anestesia geral. Ser intubado e ficar a mercê de aparelhos.

"Quando se retira pouco a pouco a sedação e a pressão volta ao normal, o paciente sai do coma induzido, voltando ao seu estado clínico base. Pode acontecer de ele continuar em coma, ou acordar progressivamente", explica o médico. Ao sair do coma, os pacientes continuam sendo acompanhados com atenção pelos médicos.

Coma induzido
É o que acontece durante uma cirurgia feita com anestesia geral, por exemplo. “Quando o anestesista aplica uma medicação, ele está induzindo um coma, está gerando um estado de alteração do nível de consciência. O paciente não pode ser despertado, mas não é por uma lesão, e sim pelo efeito da medicação.

Drogas anestésicas induzem inconsciência ao alterar a transmissão de sinais neurais em locais múltiplos no córtex cerebral, tronco cerebral e tálamo. Os opioides, por exemplo, inibem a liberação do neurotransmissor acetilcolina em diferentes locais do cérebro e da medula espinhal.

Alguns pacientes acordam após algumas horas, outros demoram vários dias. Alguns fatores contribuem o paciente demorar a acordar, entre eles podemos citar: Uso prolongado de drogas sedativas. Uso de doses elevadas de drogas sedativas.

A risco de anafilaxia em pacientes sob anestesia geral é de 1 para cada 10 ou 20 mil cirurgias. O conhecimento prévio, pelo anestesiologista, do histórico de alergia do paciente é extremamente importante na prevenção desses casos.

Resistência à anestesia local pode ser comum e também ter causas genéticas. De acordo com uma pesquisa feita por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, casos de resistência à anestesia local podem ser mais comuns do que imaginado, e podem também ter causas genéticas.

Porém, como acontece com qualquer procedimento médico, pode haver fatores complicadores. Algumas pessoas podem ter um limiar naturalmente mais alto para a anestesia, o que significa que as drogas não reduzem a atividade do cérebro o suficiente para diminuir a luz da consciência.

De uma forma geral, a mensagem que precisa ficar é: as sedações e anestesias gerais são seguras, embora algum "despertar" possa ocorrer —com muito mais frequências em exames, já que em cirurgias, igual ao filme "Awake", é extremamente raro.

Depende muito do caso! Em média, após 24 horas da cirurgia, os efeitos terminam, já que os agentes das medicações acabam sendo eliminados pelo organismo. Apenas em alguns casos mais raros a náusea e o vômito podem surgir e perdurar, necessitando da atenção do especialista.

É parecido com o sono, mas muito mais profundo porque a anestesia geral, na verdade, faz com que o cérebro não responda aos sinais de dor ou qualquer outro reflexo corporal e ainda impede que o paciente se lembre do que aconteceu durante a cirurgia.

Anestesia geral endovenosa: é aplicada por meio de uma injeção na veia, como o nome sugere. Ao ser introduzida diretamente na corrente sanguínea, a substância rapidamente circula pelo corpo, por meio do sangue, e ao atingir o cérebro, promove o mesmo bloqueio das sensações dolorosas e da consciência.

Reação adversa a sedação
A sedação pode provocar uma depressão respiratória intensa e é justamente para evitar esse risco grave que as sedações moderadas e profundas devem ser feitas em um ambiente adequado e por um profissional preparado para promover uma assistência com eficiência.

Retirar durante pelo menos uma hora por dia a sedação do paciente que está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) reduz os casos de infecção e pneumonia. Consequentemente, a técnica – chamada de despertar diário – é capaz de diminuir tanto o tempo de internação do doente quanto o risco de morte.

A recuperação de uma pessoa no estado de coma varia conforme a gravidade da lesão sofrida. Alguns casos não duram mais do que duas a quatro semanas, outros são irreversíveis. Alguns pacientes, quando saem do coma, entram no chamado estado vegetativo.

A intubação com paciente acordado (IPA) consiste na introdução do tubo orotraqueal com o paciente acordado, colaborativo e em ventilação espontânea, sendo realizado por videolaringoscopia ou broncoscopia. É considerada a técnica padrão-ouro em adultos para casos de via aérea difícil previamente reconhecida.

Como os músculos entram em um estado profundo de relaxamento, o paciente não conseguiria mais impedir que a saliva entrasse nas vias aéreas. Por isso, a anestesia geral requer intubação e ventilação mecânica, que são feitas pelo anestesista.

Por isso, podemos dizer que o efeito de um sedativo pode ser de 10 a 80 horas.

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