O que acontece se tocar em césio-137?

Perguntado por: aramos . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A exposição externa ao césio-137 pode causar queimaduras, doenças agudas em função da exposição à radiação, como câncer e problemas neurológicos, e morte. Os efeitos dependem da dimensão da exposição.

Com base nos dados obtidos, verificou-se que a menor quantidade de césio radioativo incorporado no organismo humano ou de animais pode provocar a alteração da estrutura e da função de órgãos e de sistemas, e ocasionar novas doenças (doença do coração, dos vasos sanguíneos, tumores malignos, doenças do fígado, dos rins, ...

Centenas de locais necessitaram de desinfecção, e uma nova cidade foi criada para alocar os rejeitos. Trata-se do maior acidente radiológico do mundo, com dados oficiais apontando quatro mortes (Maria Gabriela Ferreira, Leide das Neves Ferreira, Israel Baptista dos Santos e Admilson Alves de Souza).

30 anos

Resumo sobre o césio-137
É radioativo e possui tempo de meia-vida de cerca de 30 anos. Sua radiação gama emitida é de grande energia, podendo causar riscos à saúde humana. É obtido por fissão nuclear de outros radioisótopos de urânio ou plutônio.

cor branca

O Césio 137 é um exemplo de radioisótopo (isótopo radioativo) que pode ser encontrado na forma de um sal como o cloreto de Césio (CcCl), que apresenta a cor branca. O Césio 137, por ser radioativo, elimina radiação para atingir estabilidade, sendo a radiação beta a eliminada por ele.

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O cimento é o mesmo que segue até hoje no terreno, que foi adquirido pelo estado para evitar qualquer perfuração ou construção. Desde que o acidente foi identificado, o espaço é monitorado por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo.

Abadia de Goiás

Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na capital goiana após o acidente. Todo esse material com suspeita de contaminação foi levado para a unidade de do Cnen em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capita, onde foi enterrado.

As consequências da exposição
Horas depois do primeiro contato com o césio-137, iniciaram-se os sintomas de intoxicação. Pessoas que apresentaram tontura, diarreia e vômito recorreram aos hospitais. Sem ter conhecimento do material radioativo na região, os médicos acreditavam se tratar de uma doença contagiosa.

Resultado: a energia dos elétrons aumenta. Para retornar ao estado de equilíbrio anterior, os elétrons têm que se livrar do excesso de energia. E fazem isso emitindo luz. Daí o brilho do césio 137.

oganessônio

Um dos elementos mais instáveis tem o número atômico 118, elemento não natural que recentemente recebeu o nome de oganessônio (Og).

Dentro do cabeçote de chumbo do aparelho, os trabalhadores encontraram uma cápsula com 19 gramas de um pó que ficava esbranquiçado de dia e brilhante de noite. A substância radioativa, chamada Césio-137, espalhou-se pela cidade, ocasionou quatro mortes e deixou mais de mil pessoas afetadas pela radiação.

Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.

Chernobyl

Em 1986 houve Chernobyl, o maior acidente nuclear da História.

Estima-se que pelo menos 100 vezes mais radiação foi liberada em Chernobyl do que nas bombas de Hiroshima e Nagasaki.

A solução, após a análise de oito locais em todo o Brasil, foi criar um depósito em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, que -- apesar da revolta da população local na época -- acabou se tornando o único depósito de lixo radioativo definitivo do Brasil.