O que acontece se o exame de DNA der negativo?

Perguntado por: arocha . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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E se o resultado for negativo? Caso o resultado do teste de DNA seja negativo, o procedimento administrativo em relação à pessoa indicada como suposto pai é encerrado e arquivado.

Descobri que NÃO SOU O PAI BIOLÓGICO DO MEU FILHO. E agora? Diante desta situação, é possível requerer judicialmente a DESCONSTITUIÇÃO DA PATERNIDADE através de uma AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE.

Dúvidas sobre a paternidade
Bom, logo de início, já respondemos: mentir sobre a paternidade não é crime, entretanto, a conduta gera efeitos na esfera cível. Ou seja, mentir ou omitir informações sobre a paternidade pode gerar condenação de reparação civil, com o pagamento de indenização ao sujeito enganado.

Fazer a análise a partir de uma amostra do sangue não seria mais confiável? A resposta é não. Tanto faz se a análise for feita pela saliva ou pelo sangue – o resultado será idêntico, já que o DNA das duas amostras é o mesmo: o seu! O material genético de todas as células do nosso corpo é igual.

O nível de confiança do teste é de 99,9999% para determinar paternidade e de 100% para excluir paternidade. Porque essa diferença? É que o exame mostra a possibilidade de existir combinação genética entre as pessoas analisadas (pai e filho).

Tendo em vista que cada indivíduo possui 50% do seu material genético herdado da mãe e os outros 50% herdados do pai, é possível, por comparação dos perfis genéticos, obter resultados com índice de paternidade ou maternidade superior a 99,99%.

Para fazer um teste de paternidade, os envolvidos precisam comparecer ao laboratório e coletar o material genético, que segue para análise. Simples assim. Já se o suposto pai for falecido e não tiver ascendentes nem descendentes vivos, pode-se exumar o corpo e fazer a coleta do material a partir dos restos mortais.

O resultado do teste aparece em porcentagens, mas geralmente com as descrições na frente e na parte de baixo vem escrito a probabilidade da paternidade ou a exclusão da mesma.

Na 7ª Câmara de Direito privado do TJ/SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), um homem receberá uma quantia no valor de R$ 20 mil de indenização por danos morais, após descobrir que não era o pai verdadeiro de uma criança.

Entre as opções disponíveis está o exame de paternidade pré-natal não invasivo; o médico coletará uma amostra de seu sangue; para que o DNA do bebê seja detectado, a gestação deve passar da oitava semana. Converse com um médico sobre essa opção. O exame tem uma taxa de precisão de 99.9%.

O artigo 242 do Código Penal descreve o delito de dar parto alheio como próprio e considera como crime o ato de registrar como sendo seu o filho de outra pessoa, bem como o ato de esconder ou trocar recém nascido, por meio de remoção ou modificação de seu estado civil.

Caso negue a paternidade que lhe foi atribuída ou simplesmente não compareça em Juízo, os autos de averiguação de paternidade são remetidos pela Justiça ao Ministério Público, que inicia um procedimento administrativo consensual e gratuito por meio do qual é possível provar a paternidade por meio de teste de DNA.

Na ação negatória de paternidade o marido, suposto pai, é o único legitimado para propor a ação impugnando paternidade do filho havido no casamento, conforme disposto no artigo 1.601 do Código Civil Brasileiro.

Logo é preciso esclarecer que quem propõe a ação negatória de paternidade é o pai obviamente. É o pai que registrou. O pai será o autor da ação e o réu vai ser o filho.

Resultados falsos-positivos são menos comuns, mas podem ocorrer devido a mal-entendidos de especialistas, técnicas incorretas usadas ou poucos marcadores genéticos usados. Um bom laboratório genético usa mais de 15 marcadores para garantir um nível de confiança de 99,999%.