O que acontece se não pagar execução de título extrajudicial?

Perguntado por: upeixoto5 . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Se o devedor não realizar o pagamento no prazo estipulado, ocorrerá a penhora. A penhora acontece da seguinte forma: o juiz busca os respectivos bens do devedor, bloqueia ou determina algumas restrições e, ao final, caso sejam bens móveis ou imóveis – e não dinheiro – determina que estes vão à leilão.

Se o devedor não possui bens em seu nome que possam ser penhorados, cabe ao juiz do processo determinar meios alternativos de pagamento da dívida, como um percentual do salário. Entretanto, isso depende da natureza da dívida, pensões alimentícias, por exemplo, são um caso onde a penhora pode ser executada.

Hoje em dia, o devedor que não paga a dívida neste prazo será procurado pelo oficial de justiça com segunda via de mandado, daí partindo para a penhora imediata de seus bens e avaliação.

Não localizados bens do devedor passíveis de penhora, inicia-se o prazo de suspensão de 01 (um) ano, previsto no §1º do art. 921 do CPC. Findo esse lapso, terá curso o início do prazo da prescrição intercorrente (§4º do art.

três anos

O prazo prescricional da execução é de três anos, tendo em vista a previsão contida no art. 70 do Decreto Lei n. 57.663/66 ( Lei Uniforme de Genébra ), e no art.

§1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. §2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.

Em cinco anos, prescrevem as dívidas contraídas por instrumento público ou particular. Vale lembrar que as dívidas só prescrevem se nunca tiverem sido cobradas. Ou seja, se você está sendo cobrada por uma dívida, ela nunca irá prescrever.

Quando você não paga uma dívida judicial, o credor poderá pedir ao juiz diversas medidas contra você: bloqueio de conta bancária, inscrição do nome no SPC e Serasa, penhora de carro, penhora de imóveis, penhora de bens de valor e outros que possui em seu nome.

Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.

Se o devedor for intimado e, mesmo assim, não pagar o valor determinado pela cobrança judicial, o próximo passo é sofrer a penhora de bens. Hoje, os juízes começam pelo processo de penhora online, que bloqueia o saldo de contas bancárias, investimentos e aplicações financeiras.

O Artigo 205 do Código Civil determina que a prescrição ocorre em dez anos, a não ser quando haja lei fixando prazo menor. Já o artigo 206 lista algumas exceções.

PENHORA DE BENS QUE NÃO PERTENCEM AO EXECUTADO. - A DOCUMENTAÇÃO TRAZIDA AOS AUTOS DEMONSTRA QUE OS BENS PENHORADOS (LINHAS TELEFÔNICAS) PERTENCEM A TERCEIRO COMPLETAMENTE ALHEIO À EXECUÇÃO REALIZADA PELA FAZENDA NACIONAL. - É INSUSTENTÁVEL A PENHORA REALIZADA SOBRE BENS QUE NÃO SÃO DE PROPRIEDADE DO DEVEDOR.

O inciso III do artigo 921 do CPC prevê que se suspende a execução quando o executado ou seus bens não forem localizados. A partir dessa suspensão, começa a correr a prescrição intercorrente, que é aquela que decorre da demora demasiada para o efetivo cumprimento da sentença ou da execução.

O meio de defesa típico dos títulos executivos judiciais, mais especificamente cumprimento de sentença, é a impugnação, estando disposto nos art 's 525 e 526 do NCPC enquanto o meio de defesa típico dos títulos executivos extrajudiciais são os embargos à execução estando disposto no art. 920 do mesmo diploma legal.

Neste caso, na falta de qualquer dos três elementos do título, a execução extrajudicial passa a ser passível de nulidade. Com a declaração judicial de nulidade do título executivo extrajudicial, o próprio processo executivo é nulo e deve ser extinto, tendo em vista o disposto no art. 580 do Código de Processo Civil.

Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida. Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título, o juiz poderá reduzi-lo, se excessivo.

Para que o parcelamento ocorra, o artigo prevê que o executado deve requerer no prazo de protocolo dos embargos à execução, além de demonstrar o reconhecimento da dívida e depositar 30% do valor da execução, já incluindo as custas processuais e os honorários advocatícios.

774, V). Se o executado não cumprir a determinação judicial, estará praticando ato atentatório à dignidade da justiça (CPC, art. 774, V), ficando sujeito a multa, que será revertida em proveito do exequente (CPC, art.