O que acontece se eu pegar 20 mil no banco e não pagar?

Perguntado por: dparis8 . Última atualização: 2 de maio de 2023
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Se você tem um empréstimo e não realizou o pagamento dele na data limite de vencimento, pode sofrer um protesto da instituição financeira. Isso significa que o banco ou outra instituição financeira pode entrar na justiça contra você para reaver os valores devidos.

E o que isso significa? Significa que bancos e instituições financeiras precisam promover a cobrança de uma dívida não paga em até cinco anos, sob pena de perderem o direito de cobrá-las judicialmente, porém nada impede que o Banco realize a cobrança extrajudicialmente, afinal, a dívida continua existindo.

1. O que acontece se não pagar o empréstimo consignado? Algumas sanções são previstas em caso de parar de pagar o consignado, como cobranças extras (com juros mais altos), inscrição da pessoa nas listas de devedores (como SPC e Serasa) e até a penhora de bens.

Não pagar um empréstimo não é crime, mas pode te dar muita dor de cabeça, conforme listamos acima.

Segundo a Constituição Federal brasileira, não pagar dívida de banco não dá cadeia. A exceção vai para o descumprimento de pensão alimentícia. Assim, qualquer outro tipo de dívida com um banco, seja em relação a cartão de crédito, financiamentos ou cheque especial, não há possibilidade de o devedor ser preso.

Caso você não tenha reservas financeiras ou bens que possam ser vendidos, o melhor caminho é buscar um empréstimo com amigos e familiares para conseguir pagar a dívida. Essa operação pode ser realizada com prazo de carência para iniciar os pagamentos e com juros equivalentes ao rendimento da poupança, de 0,5% ao mês.

Não tenho como pagar a dívida cobrada judicialmente, e agora? A lei brasileira não prevê a liberação da obrigação do devedor em razão de não ter como pagar uma dívida. Assim, caso você não tenha como pagar a dívida judicial, terá de recorrer à negociação e parcelamento através da própria Justiça.

Existindo um processo na Justiça, e pedida e aprovada a penhora de uma conta poupança, desde que os recursos depositados ultrapassem o valor correspondente a 40 salários mínimos, o que exceder esta quantia poderá ser penhorado.

A cobrança de dívidas após o prazo de cinco anos não pode acontecer. De acordo com o advogado Holtz, “Depois desse tempo a dívida é prescrita e os fornecedores não podem cobrar o consumidor novamente”, apesar que muitos consumidores continuam sendo perturbados diariamente.

Nesse caso, até que o pagamento seja realizado, o papel do consumidor dentro dessa relação com o banco não foi cumprido integralmente. Em resumo, uma dívida com mais de 5 anos não quitada continua existindo.

A diferença é que ela não pode mais ser cobrada judicialmente depois desse prazo. Quem não paga a dívida cobrada via Justiça também pode ter dificuldades para conseguir crédito no mercado, como empréstimos, financiamentos e cartão de crédito, por exemplo. Além disso, a pontuação no score pode ser prejudicada.

Uma estratégia eficaz para quitar um empréstimo consignado é priorizar o pagamento das parcelas mais altas, começando com as que têm as taxas de juros mais altas. Também é possível negociar com o banco ou instituição financeira para obter uma redução das taxas de juros ou uma reestruturação do pagamento do empréstimo.

Por exemplo, o consignado tem como principal diferença a forma de pagamento: todo mês, as parcelas da dívida saem do seu salário ou do benefício do INSS antes que você receba esse dinheiro. Para o ministro Bellizze, não cabe ao Judiciário restringir os descontos de empréstimos bancários comuns em conta corrente.

De acordo com a Lei 10.820 de 2003, quando o colaborador é demitido da empresa, as parcelas do empréstimo consignado podem ser descontadas diretamente na conta bancária do profissional ou por meio de boleto bancário.

Uma das soluções mais viáveis para a situação de não conseguir pagar um empréstimo é a busca por um acordo com a instituição financeira. Realizar um acordo com o banco significa buscar novas condições, que sejam favoráveis ao devedor e a instituição, e que façam sentido com a realidade financeira do cidadão.

Em contato com o credor, uma alternativa é renegociar a dívida. Você pode elaborar uma proposta que caiba no seu bolso e apresentar ao credor. Isso demonstra boa-fé e vontade de resolver logo a situação, além de abrir a possibilidade de pagar uma quantia que não comprometa o seu orçamento por completo.