O que acontece se a pressão subir na hora do parto?

Perguntado por: alancastre . Última atualização: 7 de maio de 2023
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Dependendo do grau de pressão alta, o parto pode ser antecipado e o bebê nascer prematuro.

“A pressão alta da gestante pode causar danos à saúde do bebê porque aumenta o risco de descolamento precoce da placenta, e o crescimento do bebê em formação pode ficar restrito pela insuficiência placentária”, alerta a Dra. Camilla Gatto, obstetra da Maternidade Brasília.

É considerada característica da pré-eclâmpsia a pressão superior a 140/90 mmHg (14 por 9) ou um aumento acima de 3cm na pressão máxima (sistólica) e de 1,5 cm na mínima (diastólica), ainda que não sejam alcançados os 14 por 9.

Gestantes de alto risco e com comorbidades como hipertensão crônica, pré-eclâmpsia (acima de 37 semanas de gestação) e corioamnionite (infecção grave) são eletivas ao parto vaginal, evitando complicações.

A eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg após a 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Outras causas, como excesso de proteína na urina ou insuficiência hepática contribuem para o diagnóstico de pré-eclâmpsia.

“Se a mulher tiver hipertensão com pressão acima de 140/90 durante o pré-natal, isso precisa ser valorizado e é fundamental investigar pré-eclâmpsia.

SINTOMAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA:
inchaço, principalmente na face e mãos, que pode surgir antes da hipertensão arterial; aumento exagerado do peso (mais de 1Kg/semana, especialmente no terceiro trimestre);

A médica diz que no Brasil pode chegar a até 10% das gestações. Ela explica que a gestante com pré-eclâmpsia pode – e deve – ter um parto normal se a pressão está estabilizada e os exames de rotina estão normais. “A avaliação vai mostrar se há sinais de iminência de eclâmpsia.

Fatores que podem aumentar o risco de pré-eclampsia: Ter diabetes tipo 1 ou tipo 2, pressão arterial elevada ou doença renal antes da gravidez. Ter uma doença autoimune, como lúpus.

Durante a gravidez, uma mulher que tenha normalmente 11 por 7, será considerada hipertensa se a máxima subir para 14 e a mínima alcançar 8,5, porque houve um aumento de 3 cm na máxima e 1,5 cm na mínima.

Hipertensão gestacional: A hipertensão arterial tornou-se alta pela primeira vez após a 20ª semana de gestação (geralmente após 37 semanas). Esse tipo de hipertensão geralmente se resolve em seis semanas após o parto.

As alterações hipertensivas da gestação estão associadas a complicações graves fetais e maternas e a um risco maior de mortalidade materna e perinatal.

Esteja em ambiente calmo e em repouso há pelo menos 5 minutos. Evite falar durante a medição, pois isso pode afetar as leituras. Se houver algum estresse emocional, espere se acalmar, cerca de 20 a 30 minutos, para realizar as medidas. Realize as medidas com o braço apoiado na altura do coração.

Vale destacar que, diferentemente do que muitas pessoas pensam, o parto induzido não é sinal de complicação. Pode-se considerar até que, quando há evidências de estresse fetal, má posição do bebê, prolapso do cordão umbilical ou histórico de cesariana, a indução do parto, em geral, não é recomendada.

A pré-eclâmpsia grave é um dos principais motivos para o parto prematuro. Muitas vezes, o bebê precisa nascer antes da mulher entrar em trabalho de parto. Muitos médicos preferem fazer uma cesárea nas mulheres com pré-eclâmpsia grave, mesmo quando o bebê está bem.

De modo geral, há a contraindicação do parto induzido a mulheres com recomendação de cesárea, incluindo em casos de infecção por HIV ou Herpes simplex vírus.

A eclâmpsia pode causar convulsões, que podem levar ao coma e até ser fatais. Quando acontece, a eclâmpsia ocorre no finalzinho da gravidez ou logo depois do parto. Uma outra complicação é a síndrome de Hellp, que provoca problemas sanguíneos e dificulta a coagulação do sangue.