O que acontece quando um índio morre?

Perguntado por: eornelas . Última atualização: 5 de janeiro de 2023
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A maloca é abandonada e, alguns dias depois, queimada. Os pertences do falecido são sempre sepultados com ele e a sua rede é colocada sobre a sua cabeça antes da cova ser fechada. Os objetos que não puderam ser sepultados são queimados.

42,6 anos

Os índios brasileiros estão vivendo menos. Entre 1993 e 1995, a expectativa de vida dos índios no país diminuiu 5,6 anos, o que contraria tendência mundial de aumento da longevidade. Em 95, o índio brasileiro viveu 42,6 anos, em média. Mas há registro de regiões em que os índios viveram, em média, apenas 24,5 anos.

Na população indígena os óbitos por doenças infecciosas e parasitárias permanecem entre as causas mais importantes, ao passo que as doenças crônicas degenerativas ainda apresentam menor importância.

Antes da chegada dos portugueses, os povos Guaranis e Tupis não tinham um cemitério para enterrar seus entes queridos. Nessas tribos, a prática era enterrar o falecido dentro da oca, que era abandonada em seguida.

As religiões animistas (aquelas que colocam como seres sobrenaturais e divinos elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as florestas) compunham o imaginário religiosos dos povos indígenas.

Cada morto celebrado no ritual é representado por um tronco de madeira kuarup, que é ornamentado e jogado no rio Kuluene ao final da cerimônia.

Tradições e rituais indígenas

  • Wysoccan. Um dos rituais indígenas mais chocantes é o de passagem dos homens para a vida adulta. ...
  • Comer seu próprio órgão genital. Este é um dos rituais indígenas dos aborígenes australianos. ...
  • A menarca e o demônio. ...
  • Iniciação da caça. ...
  • Para afastar espíritos do mar. ...
  • Saltos mortais.

Os mitos podem ser definidos como narrativas orais que contêm verdades consideradas fundamentais para um povo (ou grupo social). São histórias que contam como as coisas chegaram a ser o que são e como as divindades, os homens, os animais e as plantas se diferenciaram.

“Eles não deixam de ser índios enquanto mantêm o sentimento de pertencer a um grupo e são reconhecidos como integrantes desse povo, mesmo morando em cidades”, afirma. Como exemplo, ele explica que um índio que usa relógio não deixa de ser índio, assim como um não índio que usa um cocar não se torna indígena por isso.

Por exemplo, a alfavaca que tem função antigripal, diurética e hipotensora, ou o boldo que é digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e pode ser usado também nas febres intermitentes (que cessam e voltam logo) são descobertas dos índios utilizadas no nosso dia a dia.

O estado do Mato Grosso do Sul, mais uma vez, aparece como líder das mortes no relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”. No período de treze anos foram 426 assassinatos, o que representa 47% do total, com uma média de 32 índios mortos por ano.

O genocídio dos povos indígenas no Brasil existe desde os tempos da colonização portuguesa, com a implementação do cultivo da cana-de-açúcar na costa brasileira. Esse processo consistiu no extermínio das populações indígenas, tanto pelos conflitos violentos, quanto pelas doenças trazidas pelos europeus.

A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito trazidas involuntariamente pelos europeus. O genocídio persiste na era moderna com a contínua destruição de povos indígenas da região amazônica.

"Muitos povos indígenas têm uma atitude contrária aos gêmeos porque seriam sinal de transgressão. Eles são vistos como perigosos e, segundo os índios, poderiam trazer males e doenças", afirma a antropóloga Betty Mindlin, autora de "Terra Grávida", antologia de mitos indígenas.

No Brasil, há em algumas etnias indígenas a prática do chamado “infanticídioindígena que consiste no homicídio ou abandono de crianças na mata, em razão de serem portadoras de alguma deficiência física ou mental, gêmeos ou filhos de mães solteiras.

Tupã
Outro(s) nome(s)Deus do Trovão
Filho(s)Jaci Guaraci Lara

O casamento entre índios varia muito de tribo para tribo. A maioria das tribos são monogâmicas, entretanto os antigos tupinambás e os atuais xavantes admitem a poligamia. Alguns seguem a tradição de casamento grupal e outros permitem que se casem com membros da própria família.

Resposta. Há muitas coisas sagrados para os povos indígenas, a terra em que nascem e enterram seus mortos; os espiritos dos que se foram as forças da natureza comandadas por espiritos e deuses; os ritos que praticavam em danças e cantos.

Cada etnia tem uma crença que leva a mãe a matar o bebê recém-nascido. Criança com deficiência física, gêmeos, filho de mãe solteira ou fruto de adultério podem ser vistos como amaldiçoados dependendo da tribo e acabam sendo envenenados, enterrados ou abandonados na selva.

Os ataques aos povos originários no Brasil estão numa crescente. Apenas durante o terceiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), 176 indígenas foram assassinados no país. O número é praticamente igual ao de 2020, quando 182 indígenas perderam a vida de forma violenta.

Nos 30 primeiros anos da conquista (1519-1548) foram mortos 20 milhões de habitantes. De 25 milhões de pessoas em 1519, foram reduzidos a 1,7 mil em 1605. Hoje o México ainda tem uma população indígena majoritária que continua na luta por sua libertação.