O que acontece quando a sonda entope?

Perguntado por: dmello . Última atualização: 25 de maio de 2023
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O que fazer caso ocorra a obstrução? Em caso de entupimento, a aspiração de resíduos por pacientes incapazes de proteger suas vias aéreas pode acontecer, levando à pneumonia, insuficiência respiratória e até morte.

Mas, uma dica muito legal é medir o comprimento da parte externa com uma fita métrica. Dessa forma, você poderá verificar sempre se a sonda continua na mesma posição. Se houver aumento de mais de 5 cm do comprimento da parte externa, há chances da sonda ter saído do estômago ou intestino.

Quando uma sonda estiver fora do lugar, ela deverá ser removida e inserida novamente. Se originalmente a sonda havia sido introduzida diretamente no estômago ou no intestino, será mais difícil reinserir a sonda, e ela poderá ser inserida do lado de fora do trato digestivo.

Por serem resistentes podem permanecer no paciente por longo tempo (5 meses ou mais), sendo necessária a troca somente quando apresentarem problemas como ruptura, obstrução ou mal funcionamento.

"O nosso corpo inicialmente produz o suco gástrico, produzido no estômago, que posterior forma o suco entérico para a digestão dos alimentos. Quando passamos uma sonda, em uma pessoa sem obstrução intestinal, que entra pelo nariz e vai para o estômago é normal sair suco gástrico pela sonda.

A obstrução da sonda causa dor pela distensão da bexiga. Nos magros, se vê da bexiga no baixo ventre. Porém, nos obesos pode-se sentir no abdômen inferior. Geralmente o paciente apresenta dor e/ou desconforto.

A despeito de ser um evento raro, geralmente é descrito na vigência de uso de sondas vesicais por tempo prolongado. A clínica destes casos é a presença de hematúria e dor abdominal, sendo que pode surgir pneumoperitôneo nas perfurações intraperitoneais. Alguns problemas mecânicos com as sondas podem ocorrer.

No cateterismo de demora, além dessas, podem ocorrer complicações uretrais (uretrite) e genitais (prostatite) (no homem), vesicais(cálculos, irritação vesical e possibilidade de desenvolvimento de carcinoma epidermoide) e renais ( pielonefrite, abcesso perirrenal, cálculo renal e insuficiência renal crônica) e ...

A sonda de alimentação pode, sem dúvida, ir para o pulmão, o que é um risco inerente ao procedimento e não acarreta maiores problemas desde que no Rx de checagem, antes da passagem da dieta, isto seja percebido.

Um paciente sondado não pode sentir a bexiga cheia, com dor suprapúbica, portanto está ocorrendo uma retenção urinária. Quando ocorre é porque está ocorrendo alguma obstrução a passagem natural da urina pelo sistema de drenagem da sonda ou no tubo coletor.

Quem usa sonda pode beber água pela boca? O ideal é que a pessoa não se alimente e nem beba água pela boca com o uso da sonda nasogástrica. Isso porque o líquido poderá voltar na sonda.

A sonda deve sempre se manter fixada abaixo do umbigo com esparadrapo ou fita, sem tracioná- la (puxar). Manter a bolsa de drenagem sempre ABAIXO da altura da bexiga. Manter a bolsa de drenagem suspensa, de preferência presa ao cós da calça, para pacientes que não precisam ficar acamados.

Às vezes, é necessária radiografia de tórax para confirmar definitivamente a localização da sonda no estômago. Se a sonda for usada para infundir quaisquer substâncias, como contraste radiopaco ou alimentação líquida, é recomendado radiografia de tórax.

O tempo de permanência hospitalar varia de 12 horas a 1 dia. Após a retirada da sonda urinária espera-se a primeira micção (fazer xixi) antes da alta.

A sonda é um recurso necessário apenas enquanto o paciente estiver impossibilitado de se alimentar pela boca. Ela poderá ser retirada pelo médico, se ele concluir que a alimentação já pode voltar a ser feita pela boca.

A sonda para alimentação, que passa pelo nariz, depois pra trás da garganta, até o estômago/duodeno não interfere com a fala.

O vazamento de urina ao redor do cateter pode ser causado por obstrução ou por incompatibilidade entre a uretra e o tamanho do cateter [4].

Normalmente trocamos sondas a cada 6 meses . Ela provavelmente esta escura porque já passou da hora de fazer a troca.

Está, portanto, legitimada a Resolução 450/2013, ao determinar que o procedimento de cateterismo vesical de alivio e demora é atividade privativa do Enfermeiro, porém cabe a adequação do dimensionamento para que isso ocorra de forma segura para a equipe de enfermagem como um todo.