O que acontece depois de um transplante?

Perguntado por: lnogueiras . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Um dos principais problemas após o transplante é a rejeição. O sistema imunológico protege o organismo de infecções e de tudo que lhe for estranho. As células deste sistema percorrem cada parte do corpo procu- rando e conferindo se existe algo diferente do que elas estão acostumadas a encontrar.

Precisa ficar internado por cerca de uma semana, a fim de manter o monitoramento, recuperar a capacidade de locomoção e alimentação sem dor e sem auxílios, além de ajustes nos remédios que previnem rejeição.

Atualmente os médicos calculam que, em média, um transplante de um doador vivo pode durar 20 anos. En 1973, quando Sue recebeu seu órgão, entre 30% e 40% dos rins duravam 5 anos. Sue diz que a longevidade também pode ser atribuída aos cuidados tomados por ela.

O transplante de fígado é o procedimento mais complexo da cirurgia moderna. Nenhum outro interfere com tantas funções do organismo.

Principais sinais de alerta após o transplante

  • Erupções ou vesículas (bolhas)
  • Coceiras.
  • Alterações na textura: ausência de elasticidade ou endurecimento da pele.
  • Mudança na cor da pele.

Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos.

Após a cirurgia, os pacientes passam um a dois dias em uma unidade de terapia intensiva se não houver qualquer complicação clínica ou cirúrgica pós-operatória. O tempo de internação hospitalar médio pós-transplante varia de uma a duas semanas.

A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do receptor não reconhece o novo órgão ou tecido e inicia a produção de anticorpos. Esse processo pode ocorrer em qualquer transplante, variando apenas em intensidade.

Cuidados para dormir
O paciente deve dormir em posição semi-sentado (45 graus) durante os três dias subsequentes ao procedimento cirúrgico. Esse cuidado evita a formação de edema, mas caso ocorra, é preciso fazer compressas frias e elevar a cabeça até que desapareça.

Prefira sabonetes e hidratantes sem cheiro e à base de vitamina A, ureia ou lactato de amônia. Maquiagem, cosméticos, perfume e outras substâncias que possam incomodar a pele devem ser evitados. A higiene bucal e outros cuidados são necessários mesmo durante o tratamento.

Os cuidados de enfermagem incluem: monitorização dos sinais vitais, balanço hídrico rigoroso, acompanhamento e coleta de exames laboratoriais, monitorização de sinais de sangramentos, troca de curativos, vigilância do padrão respiratório e cuidados relativos à imunossupressão, dentre outros.

Após a recuperação, o transplantado renal pode beber cerveja (em uma comemoração, por exemplo), mas é importante que isso seja feito com muita cautela e de forma super moderada.

Aposentadoria por invalidez
O paciente transplantado terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado, isto é, que seja inscrito no Regime Geral de Previdência Social (INSS).

Indivíduos sem identificação e aqueles que não possuam documento oficial de Identidade com foto não podem ser doadores. Pessoas sem parente maior de 18 anos que possam assinar o Termo de Autorização Familiar não podem ser doadores.

Somente coração, fígado e rins podem ser transplantados. Mito! O pâncreas, pulmão e intestino também podem ser doados. As córneas são o único tecido que pode ser transplantado.

Mas será que todos os órgãos do corpo humano já podem ser transplantados? Pode-se dizer que o único que ainda não é possível é o cérebro.

Os órgãos mais comumente transplantados são: coração, fígado, pâncreas, dois pulmões e dois rins.
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Em 2016 foram realizados, no Brasil, 24.958 transplantes, sendo 7.955 de órgãos sólidos, conforme discriminado a seguir:

  • Coração: 357.
  • Fígado: 1.880.
  • Pâncreas: 26.
  • Pulmão: 92.
  • Rim: 5.492.
  • Rim/Pâncreas: 108.