O que acontece com os índios nas missões?

Perguntado por: emartins3 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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No entanto, com a ausência da catequese, os índios foram se dispersando e os aldeamentos se transformando em bairros e cidades, seguindo, de modo geral, o padrão das vilas e povoados de Portugal.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

Eles viviam do cultivo da terra, se valendo de técnicas agrícolas ensinadas pelos religiosos. Com o tempo, muitas missões prosperaram e acabaram virando uma ameaça à centralização de poder pretendida pela Coroa.

O declínio dessas reduções se deu pelas divergências das políticas entre Portugal e Espanha, principalmente após o Tratado de Madri, de 1750, em que as reduções do Sul do Brasil ficaram com os portugueses em troca da Colônia do Sacramento para os espanhóis.

Tratado de Santo Ildefonso
A assinatura do acordo encerrava a disputa dos dois países pela colônia de Sacramento. Pelo acordo, os espanhóis mantinham a colônia e a região dos Sete Povos das Missões. Eles devolveram aos portugueses Santa Catarina e reconheceram a soberania lusa sobre a margem esquerda do rio da Prata.

O Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN) é um órgão que assessora e coordena trabalhos junto aos povos indígenas. Criado em 1982, tem como compromisso apoiar as prioridades colocadas pelos povos e comunidades indígenas, respeitando seu jeito de ser e sua cultura, trabalhando com eles e não por eles.

Os objetivos das bandeiras eram descobrir metais preciosos no interior da colônia e aprisionar os índios para trabalharem como escravos na capitania.

Os nativos eram os guias pela floresta ou pelos rios. Canoeiros, conduziam as embarcações nas longas expedições fortemente escoltadas, em meio a milhares de quilômetros, pelos cursos emaranhados d'água.

A escravidão entre os índios acontecia logo após uma tribo vencer a outra em um combate. Os derrotados eram transformados em mão de obra escrava, mas o trabalho exigido não se comparava com o que os portugueses esperavam que os índios fizessem. A escravidão entre os índios era o trabalho na tribo.

A posição da Companhia sempre foi dúbia perante os colonos, sendo isto mais visível em relação ao indígena. A ideia de escravizar os índios era contrária à ética missionária, só que os jesuítas eram também senhores de escravos e produtores, o que gerava maior desconfiança por parte dos moradores da Colônia.

A resistência indígena se dava pelas fugas dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, pela colaboração com o europeu, bem como pelo suicídio quando presos.

Os Sete Povos das Missões

  • São Francisco de Borja.
  • São Luiz Gonzaga.
  • São Nicolau.
  • São Miguel Arcanjo.
  • São Lourenço Mártir.
  • São João Batista.
  • Santo Ângelo Custódio.

O aldeamento indígena é a realização do projeto colonial de ocupação do território, de reserva de mão de obra e de aculturação dos índios. Na segunda metade do século XVI, a política de aldeamentos esteve associada à ação dos jesuítas.

As Reduções Jesuíticas
Também conhecidas como missões, as reduções foram aldeamentos criados pelos padres jesuítas, da Companhia de Jesus, com o objetivo do catequizar os índios brasileiros, além de transmitir para eles os costumes e a cultura europeia.