O que acontece com o corpo quando mentimos?

Perguntado por: vnunes . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Thali Sharot na University College London mostram algo muito surpreendente: o cérebro eventualmente tolera comportamentos desonestos. As mentiras continuadas acabam deixando de criar contradição/dissonância e assumimos como algo habitual, deixando assim de sentir desconforto físico.

Nosso cérebro tem um mecanismo de alarme que acende a “luz vermelha” quando fazemos algo de perigoso, errado ou imoral. Contar uma mentira tem o poder de disparar esse alarme, ativando as amígdalas das regiões temporais.

Há muitas consequências de ser um mentiroso patológico. Devido à falta de confiança, relacionamentos e amizades tendem a ser destruídos. Se a doença continua a progredir, a mentira pode se tornar tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal.

Segundo uma equipe de psiquiatras da Universidade de Illinois, Estados Unidos, certos tecidos dentro do nariz se inflam quando mentimos. Esse inchaço, batizada como Efeito Pinóquio, provoca uma coceira que nos impulsiona a esfregar a apêndice nasal.

Desviar o olhar, falar com muitas justificativas, mexer mãos e pés de forma frenética, mudar o tom de voz, entre outros sintomas, são indicativos de um mentiroso. O psiquiatra e diretor do Instituto de Neurolinguística Aplicada, Jairo Mancilha, explica que o corpo sempre é mais fiel à verdade do que a fala.

A mentira destrói a confiança | Frases curtas de amor, Frases de amizade, Frase para refletir.

Mentir é um processo psicológico pelo qual um indivíduo deliberadamente tenta convencer outra pessoa a aceitar aquilo que o próprio indivíduo sabe que é falso, em benefício próprio ou de outros, para maximizar um ganho ou evitar uma perda (Abe, 2009. (2009).

Mentirosos costumam ser bons em fingir sentimentos que não estão realmente sentindo, mas também tendem a manifestar seus verdadeiros sentimentos espontaneamente. Por isso, é necessário ter habilidade em mascará-los para que não venham à tona.

A dinâmica:

  1. Cada pessoa escreve num papel 3 frases, onde 2 devem ser verdades sobre ela e 1 deve ser uma mentira;
  2. Após isso cada uma lê as 3 frases, e as outras pessoas tentam adivinhar qual é a mentira.

A mitomania é um transtorno psicológico que faz com que o portador seja um mentiroso compulsivo. A condição também é conhecida como pseudologia fantástica ou mentira patológica.

No Antigo Testamento, Deus ordena o seu povo a não mentir (Levítico 19:11): “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”. A mentira é tão condenável para Deus que é um dos pecados capitais: “Não levantarás falsos testemunhos contra o seu próximo”.

Tem gente que gosta de falar que não mente, “simplesmente” omite. Há uma enorme diferença entre mentir e omitir. Quando mente, a pessoa afirma ser verdadeiro aquilo que se sabe falso, ela passa uma informação errada, ela engana quem está ao seu redor. Já omitir significa deixar de lado, silenciar, não mencionar.

Segundo o estudo, o nariz pode parecer até 30% maior em uma foto tirada a 30 centímetros de distância se comparada com uma foto tirada a pouco mais de 1,5 metro. Trata-se de uma ilusão de câmera, um efeito de distorção que ocorre quando a foto é capturada muito próxima ao objeto fotografado.

Como o tecido do nariz é rico em glândulas sebáceas, quando se atinge uma certa idade (no caso das mulheres, na menopausa e nos homens após os 60 anos de idade) elas aumentam sua atividade devido a alterações na produção de hormônios, o que pode provocar aumento no volume.