O que acontece no cérebro quando escrevemos?

Perguntado por: amonteiro7 . Última atualização: 26 de maio de 2023
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Os pesquisadores observaram que a prática da escrita à mão ativa regiões do cérebro ligadas à linguagem, memória e raciocínio. Do outro lado do Atlântico, pesquisadores noruegueses também especularam os efeitos da escrita à mão para o nosso desenvolvimento cognitivo.

Ao iniciar uma leitura, o cérebro passa a receber uma série de estímulos que não acontecem em nenhuma outra atividade e novas sinapses acontecem em regiões bem distintas, como nas regiões ligadas à visão, quando lemos um livro que estimula a imaginação.

Escrever a mão faz com que informações fiquem melhor retidas na memória, ajuda a aprender a ler melhor e permite um desenvolvimento conjunto de várias regiões do cérebro. A tecnologia deve sim ser parte das nossas vidas, mas o modo tradicional de escrever é o mais benéfico para o intelecto humano.

As experiências mostraram que uma região do lobo temporal esquerdo do cérebro é fundamental para a leitura.

É responsável pela nossa capacidade de Pensamento, Movimento voluntário, Linguagem, Julgamento e Percepção. Responsável pelas funções de: Movimento, Equilíbrio e Postura.

Remetente/Emissor: é quem produz o enunciado e emite a mensagem para estabelecer a comunicação.

A interação entre o pensamento e a linguagem
Deficientes auditivos completamente destituídos de linguagem são um claro exemplo de pensamento sem linguagem. Além disso, muitas pessoas criativas afirmam que em seus momentos mais inspirados pensam com imagens mentais, e não com palavras.

A linguagem, segundo estudiosos, é uma função inata que permite ao indivíduo simbolizar o seu pensamento e decodificar o pensamento do outro. Através dela facilita-se a troca de experiências e conhecimentos, interferindo na percepção da realidade.

De todas as formas, escrever faz com que nosso cérebro se mantenha concentrado e ajuda a exercitar a mente e deixá-la mais alerta para as atividades rotineiras. Se for à mão, ainda melhora o raciocínio, a coordenação motora e outros benefícios cognitivos.

Segundo a professora Aline, quando lemos melhoramos o funcionamento cerebral, o que ajuda a “atrasar” sintomas de doenças como demência e Alzheimer. Ela destaca que inúmeras pesquisas comprovam o aumento das as conexões neurais durante a leitura.

Pesquisas científicas provam que pessoas que leem mais possuem um vocabulário maior e mais rico, além de terem melhores habilidades verbais, como fala e escrita. O fato de você ler mais faz com que você tenha um maior vocabulário e saiba como utilizar melhor as palavras.

Isto porque, segundo o professor e especialista em memorização Paulo Henrique Lyma, o cérebro precisa de estímulos e a escrita, assim como a leitura, exerce esse efeito sobre ele. A capacidade de fixar mais as informações se expande quando os conteúdos são anotados.

Ensinar as crianças a escrever com lápis e papel permite um desenvolvimento da coordenação motora fina, entre olhos, cérebro e mão, assim como em outras áreas do cérebro. Sendo assim, a escrita ajuda a melhorar as habilidades manuais e a memória motora.

Escrever à mão é rítmico e ajuda o corpo a entrar num fluxo calmante. Como te conectas mais às palavras quando as escreves, também podes refletir e tomar melhores decisões em relação às questões pessoais.

A leitura e a escrita cumprem assim função de instrumento de aquisição e produção de conhecimento possibilitando a formação de uma consciência crítica sobre as condições de vida em que se encontra os cidadãos portanto é necessário que a criança aprenda a ler e escrever de forma significativa sendo capazes de ...

A leitura expande horizontes, estimula a criatividade, a imaginação e a empatia. A ausência desse hábito pode limitar a capacidade de adquirir conhecimento, dificultar a expressão escrita e oral, e diminuir a capacidade de compreensão e análise de informações.

O córtex pré-motor, área motora suplementar, córtex pré-frontal dorsolateral e córtex motor primário (M1) são as áreas do lobo frontal que estão mais associadas à aprendizagem motora (DAYAN; COHEN, 2012; LANG et al., 2013).

A consciência reside em áreas posteriores do cérebro que compartilhamos com os mamíferos em geral. Outra descoberta recente é que as áreas envolvidas na consciência —a zona quente posterior— não são as que recebem os sinais diretos dos olhos e dos demais sentidos.

sistema límbico

É no sistema límbico que se processam as nossas emoções: ele é o responsável pelo comportamento humano, onde se incluem os traços da nossa personalidade, os nossos pensamentos e memória, assim como a nossa reação aos estímulos externos.

A ideia de que usarmos 100% do cérebro nos tornaria pessoas mais inteligentes, bem-sucedidas e criativas é sedutora. Mas a verdade é que utilizamos os 100% da capacidade cerebral e a informação de que utilizamos apenas 10% é errada. Todas as funções do nosso organismo obedecem aos comandos cerebrais.