O que acontece com o cérebro na anestesia geral?

Perguntado por: iximenes . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Drogas anestésicas induzem inconsciência ao alterar a transmissão de sinais neurais em locais múltiplos no córtex cerebral, tronco cerebral e tálamo. Os opioides, por exemplo, inibem a liberação do neurotransmissor acetilcolina em diferentes locais do cérebro e da medula espinhal.

As anestesias gerais afectam a comunicação entre neurónios, porque restringem o movimento de uma proteína necessária nas sinapses de todos os neurónios, indica um estudo agora divulgado.

Há o risco potencial de uma lesão neurológica permanente ou temporária quando o paciente não pode informar eventual parestesia ou dor, durante a realização da anestesia regional, o que gera insegurança por parte dos anestesiologistas.

A cefaleia pós-raqui é causada pelos procedimentos de punção lombar, porque quando a agulha é introduzida, cria um pequeno furo, ou seja, uma passagem, para o líquido cefalorraquidiano vazar para fora do canal medular. Isso reduz a pressão do líquido ao redor do cérebro e da medula espinhal.

Por quanto tempo duram os efeitos da sedação e anestesia geral depois da cirurgia? Depende muito do caso! Em média, após 24 horas da cirurgia, os efeitos terminam, já que os agentes das medicações acabam sendo eliminados pelo organismo.

A maioria dos neurônios continuam trabalhando, permitindo que, ao término do efeito da anestesia, o corpo retome os movimentos. Durante o período no qual o corpo permanece anestesiado, o organismo também tem suas funções vitais reduzidas, como a respiração, os batimentos cardíacos, a temperatura e a pressão arterial.

Neste o médico insere um tubo desde a boca do paciente até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda conectado a um equipamento (respirador), que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.

A entubação é uma medida crucial para garantir a segurança do paciente durante a cirurgia, pois permite que a respiração seja controlada e monitorada de perto. Além disso, a entubação evita obstruções da via aérea e garante que o paciente respire oxigênio suficiente durante todo o procedimento.

Em geral, sedativos são administrados conjuntamente com esta técnica, para que o paciente fique mais confortável e relaxado durante o procedimento. O objetivo final da escolha da técnica anestésica é garantir a realização do procedimento cirúrgico, de forma segura, tranquila e confortável para o paciente.

Vale destacar que algumas vezes os pacientes podem sonhar durante a anestesia, acreditando estar acordado e serem memórias reais, mas isso não caracteriza a consciência transopera- tória.

Propofol reduz o fluxo sanguíneo cerebral, a pressão intracraniana e o metabolismo cerebral.

Além disso, na maioria das cirurgias com anestesia geral é importante haver relaxamento dos músculos, fazendo com que a musculatura respiratória fique inibida. O paciente, então, precisa ser intubado e acoplado a ventilação mecânica para poder receber uma oxigenação adequada e não aspirar suas secreções.

7 – Posso levantar a cabeça após tomar uma raqui ? Sim. A cefaleia pós-raqui é uma complicação benigna que ocorre em 1 a 2% dos pacientes. Tem relação direta com o calibre da agulha.

É errado levantar a cabeça após uma cirurgia? Existe uma complicação que pode ocorrer após uma anestesia regional (raquianestesia), chamada cefaléia pós-raquianestesia (cefaléia = dor de cabeça). Antigamente pensava-se que o repouso (sem travesseiro) durante 24 horas prevenia esta ocorrência.

A anestesia raquidiana e a geral são diferentes na forma como são aplicadas e nos efeitos provocados no corpo do paciente. Cada uma é usada para fins específicos, mas ambas são técnicas bastante seguras para a realização de cirurgias. A decisão sobre qual tipo de anestesia será aplicada é liderada pelo anestesista.

Resistência à anestesia local pode ser comum e também ter causas genéticas. De acordo com uma pesquisa feita por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, casos de resistência à anestesia local podem ser mais comuns do que imaginado, e podem também ter causas genéticas.

Evitar a ingestão de alimentos ou de líquidos, especialmente nas primeiras 3 a 5 horas após o procedimento, pois é normal surgirem náuseas e vômitos provocados pela anestesia.

Portanto, mais de uma cirurgia feita em um (uma) paciente e com duração de horas bem maior, a anestesia geral é uma das mais seguras e duradouras. E a maior segurança da anestesia geral, na verdade, é o fato de a respiração, a via aérea da (do) paciente, estar sendo controlada pelo anestesista.

Geralmente, algumas pessoas que vão ser operadas chegam ao hospital com os sentimentos de medo e ansiedade aflorados. O estresse e ansiedade no pré-operatório é considerado normal e geralmente estão relacionados com o medo da anestesia, dor, possibilidade de riscos e até mesmo medo da morte.

Após uma cirurgia, qualquer paciente fica mais vulnerável, com seu sistema imunológico mais baixo e propenso a outros problemas. Por isso, a atenção deve ser redobrada, para que haja uma recuperação completa e sem problemas subsequentes.