O que a psicologia fala sobre a música?

Perguntado por: adamasio . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Música gera emoção e ativa várias estruturas cerebrais, dentre elas pode ser citada o sistema límbico, que é responsável pelas emoções e comportamentos sociais, há também neste processo a liberação do neurotransmissor dopamina responsável pela sensação de prazer.

Ao escutarmos ou produzirmos músicas nosso cérebro libera endorfina, que fornece alívio natural da dor, e dopamina, que traz sensações de otimismo, força, energia e vivacidade. Ouvir música também está associado ao aumento de imunidade.

De acordo com o estudo, a música pode estimular a concentração, excitação, relaxamento, ajudar a dormir e outros comportamentos humanos. A satisfação e a sensação de prazer que a música causa é capaz de fazer com que um cliente permaneça em um ambiente comercial, por exemplo, levando-o a consumir mais.

Os cientistas recomendam músicas neutras, que você não ame nem odeie. Para a maioria das pessoas, isso significa recorrer a peças orquestradas. Um estudo de 1993, publicado na revista Nature, popularizou o “efeito Mozart”. A pesquisa indicou que a obra do compositor austríaco melhoraria funções cognitivas.

Quando o som entra pelos ouvidos, outras áreas do cérebro também são ativadas: movimento, memória, atenção, emoção... Diversos estudos já mostraram que a música pode ter efeitos positivos no cérebro liberando dopamina, neurotransmissor mais conhecido como "hormônio do prazer".

Os 3 elementos da música - Melodia, Harmonia e Ritmo.
2020.

Diversas pesquisas comprovam que a música não só faz bem para a alma, como também mantém o equilíbrio de nosso corpo. Ela pode nos fazer lidar melhor com problemas como stress, ansiedade, depressão, dores crônicas, entre outros distúrbios.

São elas: diversão, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, sonho, triunfo, ansiedade, medo, aborrecimento, desafio e animação. "Documentamos rigorosamente a maior variedade de emoções universalmente sentidas pela linguagem da música", contou Dacher Keltner, membro da equipe.

Mas por que isso acontece? Uma das explicações está no fato de que nosso humor está diretamente relacionado aos neurotransmissores serotonina e dopamina, e a música tem a capacidade de estimular esses circuitos, modulando nossos sentimentos.

Ele equilibra nossas tristezas para que a depressão não venha. E músicas tristes ativam no nosso corpo a produção destes hormônios. Outro dado relativo às canções melancólicas, desta vez mais conectado com a empatia, também foi aferido por uma equipe de psicólogos da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha.

Para os casos de transtornos de ansiedade, a música pode ajudar a reduzir o estresse e a promover uma sensação de bem-estar, graças à liberação da endorfina, um neurotransmissor capaz de melhorar o humor e de auxiliar no controle da dor.

Alguns estudos certificam que escutar música pode ajudar na melhora da depressão, e o mecanismo é simples, quando você escuta uma canção que gosta, seu corpo libera endorfina, uma substância que traz a sensação de prazer e bem-estar.

dopamina

Música libera dopamina
Pesquisadores manipularam a transmissão dopaminérgica de 27 pessoas enquanto ouviam música.

O Funk assim como outros ritmos, a música é capaz de estimular o Hipotálamo - o qual é uma região do cérebro que permite induzir (hiperestimular) ou inibir (hipoestimular) hormônios, entre outras palavras é um controlador de hormônios hipofisários, ou seja, controla a liberação de hormônios providos das hipófises ...

Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física.

O homem faz música desde pelo menos a invenção da flauta de osso, há 35 mil anos. Mas a primeira pessoa a registrar em papel uma música foi Qiugong, no século 6. Esse chinês tocava uma espécie de cítara e teria transcrito a peça Jieshi Diao Youlan.

Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo. Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida.

Salmo 96:1 – “Cantai ao Senhor um cântico novo…” Efésios 5:19 – “falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.” Salmo 33:3 – “… tangei com arte e com júbilo.”

Os pesquisadores observaram que pessoas com gostos musicais diferentes podem ter os mesmos traços de personalidade. Isso pode explicar, por exemplo, como os interesses musicais podem ir mudando de acordo com o passar do tempo com apenas uma pequena alteração na personalidade.