O que a psicologia diz sobre pai ausente?

Perguntado por: ipereira . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Um pai que não cumpre seu papel, não desenvolve afeto com as crianças, registrando uma ausência psicológica na vida delas, o que contribui para que desenvolvam traumas emocionais ao longo do seu crescimento, tais como baixa autoestima, comprometimento da saúde física, medo excessivo, baixa qualidade de vida e outros.

Dessa forma, o PAI AUSENTE se torna na verdade um PAI UNIPRESENTE; existente em todo o lugar; virtuoso e sem defeitos, incansável e imbatível; que o filho, por nunca poder derrotar ou superar, se rende e se submete.

Um pai ausente não é aquele que se separou de sua parceira e, devido a atual situação deixa de estar presente junto ao filho todos os dias. Mas sim um pai ausente é aquele que independente da circunstância não contribui quase nada ou de forma alguma com a formação e a educação de seus filhos.

Eizirik e Bergmann (2004) afirmam que a ausência paterna tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança, bem como influenciar o estabelecimento de transtornos de comportamento.

O direito à indenização por abandono afetivo é válido para as crianças e adolescentes que se encontram sem a atenção e guarda do seu genitor. Quando se é menor de idade, em qualquer tempo, o seu representante legal pode entrar com a ação.

Como ajudar a criança a lidar com um pai (ou mãe) ausente

  1. Responda com sinceridade. ...
  2. Inclua a criança na conversa. ...
  3. Respeite os sentimentos. ...
  4. Não a vitimize. ...
  5. Mostre as características positivas. ...
  6. O acompanhamento psicológico é necessário? ...
  7. Deixando as portas abertas para o pai ou mãe ausente.

Sob o ponto de vista da Psicanálise, a função paterna – enquanto ação, utilidade, posição e papel – possibilita o surgir do desejo, que por sua vez funda o sujeito.

Em Freud, a função paterna é o que gera o indivíduo adulto; é preciso matar o pai para amadurecer psiquicamente. Se o corpo vivo da mãe é instituinte do psiquismo inicial, o corpo simbólico do pai morto é o que dá seguimento à secundariedade humana.

Quando os pais ou responsáveis não cumprem seu dever de cuidado e criação dos filhos.

O Complexo de Édipo foi formulado e descrito por Sigmund Freud no fim do século 19, com base na mitologia grega de “Édipo Rei”. É uma das teorias da psicanálise que descreve a atração que os filhos sentiriam pelo genitor do sexo oposto, ao mesmo tempo em que rivalizaria com o do mesmo sexo.

Em Winnicott, o pai faz parte do ambiente em que o bebê amadurece, um bebê que ainda depende, agora de maneira relativa, da sustentação da mãe para dar continuidade ao alcance do estatuto de um ser unitário. é justamente nesta tarefa de se tornar uno que o pai ajudará o bebê.

Caso o pai do seu filho não dê a mínima para ele, não se importando com nada, não sendo presente, e se comportando de uma forma que não é a correta, é possível buscar judicialmente uma condenação por abandono afetivo.

Como visto acima, uma das consequências para o causador do dano é a condenação em danos morais por conta de atos ou omissões devidamente demonstradas. Deste modo, o abandono afetivo se caracteriza como um ilícito civil, pois viola os deveres que os pais possuem, os quais possuem expressa previsão legal.

É quase como fazer um carinho em si mesmo, é respeitar os próprios sentimentos e dar vazão a eles. Os que conseguirem falar pessoalmente uma frase, uma palavra ou até mesmo um discurso inteiro para esse pai ausente experimentarão o alívio e a satisfação de se manifestar. Amar “apesar de” também é amar.

Um pai omisso é aquele que não assume sua função de pai, na criação do filho de forma substancial e emociona. Assim como do outro lado, um filho omisso é aquele que não presta atenção às necessidades dos pais, que não retorna à casa para fazer visitas depois de adulto, entre outras situações de afastamento.

De acordo com a decisão colegiada, a prescrição nesse caso ocorre 3 anos após a maioridade do filho, conforme dispõe o artigo 206, §3º, V, do Código Civil.