O que a OMS diz sobre a homeopatia?

Perguntado por: uvasconcelos . Última atualização: 8 de maio de 2023
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Embora seja oficialmente reconhecida como especialidade médica e até mesmo a OMS recomende sua inserção em serviços públicos de saúde, a homeopatia faz parte dos currículos acadêmicos de Medicina, em sua maioria, apenas como disciplina optativa.

A homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1980. Sua principal característica é a escuta atenta, feita em longas consultas com anamneses bem detalhadas, e um olhar mais abrangente sobre o paciente, em sua integralidade.

A homeopatia é fundamentada em 4 princípios: a lei do semelhante, a experimentação na pessoa sadia, as doses infinitesimais e o medicamento único. O princípio da lei do semelhante determina que um desequilíbrio específico pode ser neutralizado pela mesma substância que causou seus sintomas.

A homeopatia, apesar de ter defensores na classe médica, é uma das mais manjadas pseudociências. Portanto, o princípio de “similar cura similar” é interessante, mas absolutamente errado, pois carece de evidências científicas. Mais sobre evidências científicas abaixo.

Em um dossiê sobre homeopatia desenvolvido na Índia, foram levantadas as principais vantagens do tratamento homeopático, como: Ser seguro, eficaz e baseado em substâncias naturais. Utilizar substâncias simples em microdoses — os medicamentos não estão associados a efeito tóxico e podem ser utilizados com segurança.

Doenças que evoluem rapidamente, como as crises de asma e a pneumonia, não deve ser tratadas somente com homeopatia. Doenças que causam lesões irreversíveis a órgãos também não respondem bem ao tratamento, entre elas cirrose e enfisema.

A homeopatia, sistema médico complexo de caráter holístico, é baseada no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates no século IV a.C. Foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII.

O que pode cortar o efeito dos medicamentos homeopáticos? Alguns cuidados devem ser tomados com relação aos medicamentos homeopáticos, pois o uso concomitante de algumas substâncias pode interferir em sua efetividade. O uso simultâneo de Homeopatia e produtos canforados ou mentolados pode prejudicar o tratamento.

Só o homeopata (médico, cirurgião-dentista, médico veterinário) conhece e pode prescrever o medicamento indicado para cada paciente, e somente o farmacêutico homeopata deverá dispensar e orientar sobre a correta utilização destes medicamentos.

Ao contrário da homeopatia, que dilui a matéria-prima do remédio, a fitoterapia usa a substância in natura de plantas como aloe vera, ginseng e valeriana, entre outras tantas, transformando-as em em tinturas, cápsulas, pomadas ou emplastros.

Tipos de doenças tratadas

  • Gripes e infecções.
  • Problemas psicológicos como ansiedade e depressão.
  • Transtornos alimentares.
  • Problemas de peso.
  • Rinite, sinusite e demais problemas respiratórios.

A Homeopatia foi fundamentada, em 1796, pelo médico alemão Christian Frederich Samuel Hahnemann e apresenta os seguintes princípios fundamentais: cura pelo semelhante, experimentação em indivíduo sadio, medicamento único, diluído e dinamizado.

O medicamento homeopático busca uma resposta do organismo:
O tratamento utiliza substâncias do reino vegetal, animal ou mineral, ultra diluídas que causam sintomas semelhantes aos manifestados pelos pacientes. Com isso, o organismo é estimulado a reagir contra as enfermidades.

Qual o principal diferencial da homeopatia? A medicina ocidental possui duas correntes terapêuticas opostas: alopatia e homeopatia. Enquanto a homeopatia é embasada na cura pelo semelhante, a alopatia, relacionada à medicina convencional, trata doenças e sintomas com medicamentos que produzem efeitos contrários.

Após a criação do SUS, alguns estados e municípios brasileiros começaram a oferecer atendimento homeopático aos usuários dos serviços públicos de saúde. Em 2006, foi editada a Portaria 971, que assegura o acesso à homeopatia a estes usuários, entre outras práticas integrativas e complementares.

Não há evidência científica de que a homeopatia seja eficaz contra qualquer problema de saúde. De acordo com uma extensa revisão de estudos promovida pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália, a homeopatia não deve ser usada para tratar problemas de saúde crônicos ou graves.