O que a falta de um pai presente pode causar?

Perguntado por: omoreira . Última atualização: 28 de abril de 2023
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O grande problema da falta da figura materna ou paterna, não permite estabelecer um vínculo entre eles e as crianças, podendo desenvolver problemas de saúde e até aversão a presença dos pais. Além disso, sua presença é crucial na formação de caráter e afetividade que o pequeno desencadeará com outras pessoas.

Qual é a importância do pai presente? Os momentos de união são definitivos para o desenvolvimento dos filhos. Para uma criança, a presença da figura paterna aconselhadora e comprometida contribui para uma geração de adultos mais segura e confiante.

Como visto acima, uma das consequências para o causador do dano é a condenação em danos morais por conta de atos ou omissões devidamente demonstradas. Deste modo, o abandono afetivo se caracteriza como um ilícito civil, pois viola os deveres que os pais possuem, os quais possuem expressa previsão legal.

“Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai.” (Freud, em O MAL-ESTAR NAS CIVILIZAÇÕES, 1930). A importância paterna é indiscutível mesmo no senso comum se pensarmos que uma mãe precisa se sentir segura o suficiente para cuidar dos filhos de maneira bem sucedida.

Por outro lado, um pai ausente pode causar feridas emocionais que persistem toda a vida. Um estudo feito pelo National Fatherhood Initiative descubriu que a ausência paterna pode gerar problemas econômicos, sociais e, inclusive, prejudicar a saúde física e mental do indivíduo.

Eles agem como pais indiretos e causam uma ausência psicológica capaz de originar na criança diferentes feridas emocionais. Os pais emocionalmente ausentes deixam traços nos filhos, como falta de lei ou autoridade, ou uma identificação negativa com a figura paterna ou materna.

É quase como fazer um carinho em si mesmo, é respeitar os próprios sentimentos e dar vazão a eles. Os que conseguirem falar pessoalmente uma frase, uma palavra ou até mesmo um discurso inteiro para esse pai ausente experimentarão o alívio e a satisfação de se manifestar. Amar “apesar de” também é amar.

No texto, o órgão define paternidade ativa como a relação entre pai e filho ou filha, que vá além do sustento financeiro. Ou seja, paternidade ativa é a participação nos cuidados diários, promovendo um vínculo afetivo e emocional com a criança.

O Programa Pai Presente, idealizado pela Corregedoria Nacional de Justiça, busca identificar os pais que não registraram os filhos. Além do reconhecimento, tem a finalidade de garantir que os pais assumam suas responsabilidades.

O programa Pai Presente, coordenado pela Corregedoria Nacional de Justiça, objetiva estimular o reconhecimento de paternidade de pessoas sem esse registro. A declaração de paternidade pode ser feita espontaneamente pelo pai ou solicitada por mãe e filho.

Um exemplo típico de abandono afetivo ocorre quanto o responsável não aceita o filho e demonstra expressamente seu desprezo em relação a ele. Veja o que diz a lei: Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

O direito à indenização por abandono afetivo é válido para as crianças e adolescentes que se encontram sem a atenção e guarda do seu genitor. Quando se é menor de idade, em qualquer tempo, o seu representante legal pode entrar com a ação.

O medo do abandono é um tipo de ansiedade que algumas pessoas experimentam quando se deparam com a ideia de perder alguém com quem se importam. Todo mundo lida com a morte ou o fim de relacionamentos em sua vida. A perda é uma parte natural da vida.

O grande problema da falta da figura materna ou paterna, não permite estabelecer um vínculo entre eles e as crianças, podendo desenvolver problemas de saúde e até aversão a presença dos pais. Além disso, sua presença é crucial na formação de caráter e afetividade que o pequeno desencadeará com outras pessoas.

A função paterna é a função que separa mãe e bebê para poder dar as bases da simbolização, pelo início das relações triangulares, ou a base do pensamento simbólico. A função paterna, desse modo, separa a mãe da criança para incluí-la num mundo mais amplo, o mundo do universo simbólico e da castração.

O pai, além de desempenhar a função da estruturação psíquica do sujeito, no seu processo de desenvolvimento, apresenta-se como a base para a civilização, para a organização do social e dos laços entre os irmãos.