O que a Constituição diz sobre cotas?

Perguntado por: llacerda . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Os radicais afirmam que o programa de cotas é ilegal e que fere o artigo 5º da Constituição Federal: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à ...

das cotas raciais com base em diversos princípios expressos em nossa Constituição5, o objeto da análise do presente artigo se restringe ao cotejo das cotas raciais face ao prin- cípio da igualdade, cuja cláusula geral está presente no caput do artigo 5º6 de nossa Carta Magna.

No caso das cotas raciais, caso se considere os negros desiguais em relação ao restante da população, cotas raciais são constitucionais; caso contrário, caso o problema de exclusão social de parte da população seja essencialmente, por exemplo, econômico, cotas raciais são inconstitucionais.

Aprovada pelo Congresso, a matéria definiu que as instituições federais de educação superior deveriam reservar em cada concurso seletivo no mínimo 50% suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Nos últimos anos do mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, teve início a implantação de cotas nas universidades públicas de todo o Brasil. Ao longo do mandato de Lula, o PT deu continuidade ao processo.

O sistema de cotas reserva vagas nas universidades públicas para candidatos que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública, podendo participar negros/as, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda.

Em agosto de 2022, a Lei de Cotas completou 10 anos em vigência. Sancionada em 2012, a Lei 12.711/2012 determina que 50% das vagas em universidades e institutos federais sejam destinadas para pessoas que estudaram em escolas públicas.

A Lei de Cotas surgiu como tentativa de equiparar o acesso de pessoas negras e brancas ao ensino superior brasileiro. No dia 29 de agosto de 2022, a Lei de Cotas completa dez anos de sua criação.

Inconstitucionalidade, meritocracia e promoção ao racismo são alguns dos argumentos usados. O sistema de cotas nas universidades públicas é um assunto polêmico que divide opiniões.

Cotas raciais sempre dividem negativamente as sociedades onde são implantadas, gerando o ódio racial e o ressentimento das pessoas que não entraram na Universidade, apesar de terem obtido nota maior ou igual do que os cotistas nas provas de vestibular.

As cotas raciais têm como objetivo compensar os graves níveis de desigualdade no acesso a oportunidades criados pelo racismo. No Brasil, a população negra ganha 42% a menos do que a população branca; os negros representam 64% do total de desempregados; 76% das pessoas mais pobres do país são negras.

As cotas visam a acabar com a desigualdade racial e o racismo estrutural resultantes de anos de escravidão no Brasil, que ainda excluem pessoas negras e indígenas da universidade, do mercado de trabalho e dos espaços públicos.

Elas consistem em reservar uma porcentagem de vagas em instituições de ensino do governo para grupos como negros, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes oriundos de escolas públicas. As cotas são uma forma de promover a inclusão social e garantir a democratização do ensino superior.

Os principais tipos de cotas em concursos públicos no Brasil são:

  • Cotas para candidatos negros;
  • Cotas para candidatos com deficiência;
  • Cotas para candidatos de baixa renda; e.
  • Cotas para candidatos indígenas e quilombolas.

A lei contribui para que alunos que estejam hoje inseridos na educação básica mesmo os pequenininhos, comecem a elaborar projetos de vida que incluem o ensino superior. Vislumbram o ingresso em carreiras historicamente negadas e muito elitizadas como medicina, engenharia, como direito.

Uma cota social é uma reserva de vagas para candidatos que foram prejudicados injustamente, com o objetivo de garantir a igualdade de oportunidades. Uma cota racial é a reserva de vagas para indivíduos de determinada raça, etnia ou cor de pele.

Também não podem concorrer às vagas reservada a cotas os estudantes que tenham, em algum momento, cursado parte do ensino médio em escolas particulares, filantrópicas, cenecistas, confessionais ou similares, ainda que com gratuidade ou bolsas de estudo.

Pardo é uma pessoa com diferentes ascendências étnicas e que são baseadas numa mistura de cores de peles entre brancos, negros e indígenas. Essa miscigenação engloba: Descendentes de negros e brancos. Descendentes de negros com indígenas.