O que a ciência diz sobre a depressão?

Perguntado por: arebelo . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.

Os fatores causais da depressão são divididos artificialmente em fatores biológicos, genéticos e psicossociais. Esses fatores podem interagir entre si. Por exemplo, os fatores psicossociais e genéticos podem afetar os fatores biológicos (p. ex., concentração de determinado neurotransmissor).

Perturbação depressiva major (PDM) ou transtorno depressivo maior (TDM), conhecido simplesmente como depressão, é um distúrbio mental caracterizado por pelo menos duas semanas de depressão que esteja presente na maior parte das situações.

A depressão é uma doença psiquiátrica cuja a alteração principal é o humor ou afeto deprimido e, geralmente, acompanhada por alterações das atividades e com outros sintomas secundários, facilmente compreendidos no contexto das alterações.

Existem muitas possíveis causas da depressão, incluindo falta de regulação do humor pelo cérebro, vulnerabilidade genética, eventos estressantes da vida, medicamentos e problemas médicos.

A depressão afeta o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal. Essas três regiões do cérebro respondem por funções importantes, como o processamento da memória, aprendizado, concentração e cognição.

Aqui estão os diferentes tipos de depressão que são mais comuns.

  • Depressão maior. A depressão maior é o tipo mais grave de depressão. ...
  • Distimia. Entre os tipos de depressão, a distimia é menos grave que a depressão maior. ...
  • Depressão ansiosa. ...
  • Depressão Psicótica. ...
  • Depressão pós-parto.

Os principais neurotransmissores envolvidos na depressão são a serotonina e a noradrenalina. Quando há um desequilíbrio na produção delas, a doença se instala. “Os neurônios precisam de neurotransmissores para se comunicar.

Diferente da ansiedade, a depressão não é normal mesmo em dosagem baixa. Ela não é saudável em nenhum aspecto e só tem impactos negativos na vida do paciente. Tanto o transtorno de ansiedade quanto a depressão paralisam o indivíduo.

A depressão psicótica é o tipo mais grave, causando alucinações, dores e sensações irreais. O seu diagnóstico é bem mais fácil de se realizar já que obviamente os sintomas de delírios chamam muito mais a atenção do que uma pessoa que esteja simplesmente triste.

Conheça os 7 tipos mais comuns de depressão

  1. Transtorno depressivo maior (TDM) ...
  2. Transtorno depressivo persistente (distimia) ...
  3. Transtorno bipolar. ...
  4. Depressão pós-parto. ...
  5. Transtorno disfórico pré-menstrual. ...
  6. Transtorno afetivo sazonal. ...
  7. Depressão atípica.

Esses fatores aparecem porque a ansiedade impossibilita que o cérebro se desconecte durante a noite. Assim, ao tentar dormir, a mente fica em estado de alerta, focada nos medos e estresse. Essa condição impede que o organismo inicie as fases do sono ou as atrapalha.

Acordar mais cedo x depressão grave
Isso acontece porque, segundo eles, uma maior exposição à luz solar estimula hormônios que atuam diretamente sobre o nosso humor.

O estudo, realizado por uma equipe da universidade alemã de Freiburg dirigido por Ludger Tebartz van Elst e publicado na "Biological Psychiatry", indica que a depressão dilui o contraste entre o preto e o branco, por isso que o mundo torna-se literalmente cinza.

Segundo o especialista em autismo Simon Baron-Cohen, Einstein apresentava sinais de Asperger: interesses obsessivos, dificuldades de comunicação e problemas para se relacionar. Segundo biógrafos, até os sete anos de idade, Einstein tinha o hábito de ficar repetindo frases exaustivamente.

Fatores como o isolamento social, luto, incerteza, dificuldades e acesso limitado aos cuidados de saúde afetaram de forma significativa a saúde mental de milhões de pessoas em todo o mundo. “A depressão é uma crise de saúde global que exige respostas em vários níveis.

Segundo o psiquiatra, itens altamente processados/industrializados, bebidas energéticas, café, álcool, fast-food, açúcar em excesso, são alguns alimentos que, se presentes nas escolhas diárias, podem impactar negativamente o quadro depressivo pois contribuem para o surgimento ou potencialização de alguns dos sintomas.

«E, embora as pessoas não mudem de personalidade, podem ter alguns ajustamentos, ficam mais vulneráveis, menos confiantes e com um olhar pessimista perante a vida e, nesses casos, a depressão pode arrastar-se durante vários meses e, até, tornar-se crónica», alerta o especialista.

Na depressão, ocorre uma alteração no funcionamento do cérebro: algumas regiões são desligadas e outras superativadas. Em consequência disso, ocorrem várias mudanças nas emoções, formas de pensar (a pessoa passa a focar no negativo) e autoestima, o corpo fica mais sensível à dor e aos desconfortos.

Indícios de um retorno do quadro de depressão
Segundo a especialista, a reincidência de um episódio depressivo pode ocorrer em eventos estressores, como perda do emprego, separação, morte de um ente querido, pressão no trabalho, entre outros.

Conhecida por ser uma doença silenciosa, a depressão aparece de maneiras diferentes na vida das pessoas. Os indícios podem ser desde a perda do apetite, fome e sono, ansiedade, agitação, até pensamentos suicidas.