Estou grávida e peguei toxoplasmose?

Perguntado por: azanette . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Se a gestante está com a doença ativa, há risco de transmissão para o bebê. Para evitar que isso ocorra, a mulher deve fazer o tratamento. Algumas drogas utilizadas para o tratamento são a espiramicina, indicada no primeiro trimestre da gestação para o tratamento de gestantes com infecção aguda.

Cerca de 40% das gestantes com toxoplasmose aguda transmitirão o Toxoplasma ao feto.

(Toxoplasmose congênita) A toxoplasmose é uma infecção pelo parasita Toxoplasma gondii. Normalmente, ela não causa problemas em adultos saudáveis, mas pode causar doença grave em recém-nascidos e em pessoas com sistema imunológico enfraquecido. A toxoplasmose é causada por um parasita que vive e multiplica-se em gatos.

O Ministério da Saúde recomenda prescrever espiramicina para gestantes com menos de 16 semanas e esquema tríplice para aquelas com 16 semanas ou mais de gestação (quadro 1) [2]. Quadro 1. Esquemas terapêuticos para toxoplasmose na gestação. Espiramicina 500 mg, 2 comprimidos, de 8/8 horas.

O período mais delicado da gestação corresponde da primeira à 12º semana de gestação, justamente o primeiro trimestre sobre o qual falamos neste artigo. Isso porque é nessa fase que ocorre a formação dos órgãos do feto. Ou seja, é quando há maior risco de ocorrerem doenças ligadas a alterações genéticas.

De maneira inversa, a doença é mais grave quando o feto é infectado no primeiro trimestre de gestação, e geralmente leve ou assintomática no feto infectado durante o terceiro trimestre. Considerando todo o período gestacional, aproximadamente 40% das gestantes com toxoplasmose aguda transmitirão o T.

Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos podem ter, com maior frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, acometimento mental, alterações motoras e perda auditiva.

O período da gravidez em que ocorre a infeção determina a frequência e a gravidade. A transmissão ao feto é baixa no 1º trimestre (10-25%), aumenta no 2º trimestre (30-35%) e é máxima (60-80%) no 3º trimestre. Inversamente, a gravidade da infeção é tanto maior quanto mais precocemente ocorrer na gravidez.

Higienizar corretamente as mãos antes das refeições, após manusear lixo, após o contato com animais, após manipular alimentos e sempre que necessário; ao manipular carnes cruas, procurar usar luvas [1, 2, 3].

IgG e IgM positivos ou reagentes: indicando que a infecção aconteceu a semanas ou meses; IgM positivo e IgG negativo: indicando que a infecção é bastante recente, não havendo tempo suficiente do organismo produzir os anticorpos de memória, que são o IgG.

O exame Toxoplasma igG é usado para identificar se o paciente já teve contato com o parasita. Portanto, se o resultado for positivo, indica que a pessoa foi contaminada. Na gravidez, a infecção deve ser acompanhada de perto para não gerar riscos para o bebê.

Dependendo do local da retina onde ocorre a infecção e da quantidade de inflamação o paciente pode apresentar baixa de visão, que pode deixar sequela pela cicatriz que a doença deixa. Em alguns casos a toxoplasmose acomete o centro da visão, chamado de mácula, e pode causar visão ruim pelo resto da vida.

A toxoplasmose não tem cura, mas deve ser medicada e controlada. O infectado se torna portador crônico pelo resto da vida, porque o parasita fica dormente nos músculos e retina, por exemplo.

Aproximadamente 90% dos adultos e adolescentes imunocompetentes apresentam infecção assintomática. Quando a toxoplasmose é sintomática, o período de incubação varia entre 10 e 20 dias.

Negativa Negativa Gestante suscetível. Reforçar medidas de prevenção primária. Repetir sorologia pelo menos a cada 3 meses (idealmente a cada mês), e no parto*, e, caso a gestante persista soronegativa, realizar última sorologia 2 a 4 semanas após o parto. Realizar teste de avidez de IgG na mesma amostra.