Em que obra Debret representou o Brasil para o mundo?

Perguntado por: ehipolito . Última atualização: 18 de maio de 2023
4.4 / 5 16 votos

No Brasil, a sua obra mais conhecida é Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil.

A obra evidencia a importância de sua estadia no Brasil, deixando para as gerações futuras um registro palpável do Brasil colonial. Além de registrar o cotidiano do povo e o processo de independência do Brasil, Debret retratou personalidades da corte portuguesa como Dom João e Dom Pedro I.

  • Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834)
  • Debret
  • Caderno de viagem
  • Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento da imagem de uma nação
  • As Princesas e o Segredo da Corte
  • Voyage Pittoresque Et Historique Au Brésil. Tome 2: , Ou Séjour d'Un Artiste Français Au Brésil, Depuis 1816 Jusqu'en 1831 Inclusivement

Viagem Pitoresca e Histórica

No Brasil, a sua obra mais conhecida é Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil.

O “jantar” descrito por Debret
O casal usa talheres, costume raro na colônia até a chegada da corte portuguesa, mesmo entre os mais abastados. Uma escrava espanta as moscas e dois escravos estão de prontidão para atender seus senhores (de um deles se vê apenas a sombra junto à porta).

Debret, como já dito anteriormente, representa cenas e características do cotidiano e da sociedade brasileira, como casas, ocas de índios, rostos de pessoas (para tentar mostrar as características do povo brasileiro).

Suas obras, no Brasil, mostram paisagens, cenas cotidianas, a cultura e o povo brasileiro. Com cores vivas, suas aquarelas mostram sentimentos e emoções das figuras retratadas. O individualismo, característica das obras românticas, também se faz presente em suas pinturas.

Circulavam, também, escravos prestadores de serviços: barbeiro, afiador de faca, carregador, entregador de recado etc. Debret retratou muitos desses tipos sociais que ele viu nas ruas das grandes cidades, especialmente no Rio de Janeiro.

Uma das características mais marcantes de Debret, é, sem dúvidas, a tradição do estilo neoclássico. O pintor uniu tal tradição à pintura histórica para retratar vivamente e em detalhes os principais eventos da vida da corte brasileira com objetivo de produzir uma nova representação do Estado e do Brasil enquanto reino.

Como professor Debret também foi importante para a Academia: foi professor de pintura histórica – eixo que foi tão fundamental na segunda metade do século XIX, fortalecendo o Império brasileiro – e com isso formou boa parte dos artistas que representariam oficialmente os principais acontecimentos da nação.

Coroação de D. Pedro I” (1828) é uma das famosas aquarelas do pintor francês Jean-Baptiste Debret, que compõem o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, considerado por alguns autores a mais rica revelação feita sobre o comportamento e o modo de ser das diversas classes sociais brasileiras da época.

Debret veio ao Brasil como pintor de história da chamada Missão Artística Francesa, acontecimento polêmico que resultou na fundação da Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, em 1826.

As obras de Jean-Baptiste Debret e Johann Moritz Rugendas são referências para se tratar da representação dos índios e dos negros no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e no início do Império do Brasil. Certamente contribuíram para a construção das visões dos europeus sobre esses dois grupos.

Em “Viagem Pitoresca ao Brasil” Debret tenta apresentar um panorama além do que era popularmente conhecido como exótico e interessante pela sua beleza natural. Ele procurou criar uma obra histórica contando a formação do povo e da nação brasileira.

Pintura

A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma pastosa, líquida ou em pó a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas. Em um sentido mais específico, é a arte de pintar uma superfície, tais como papel, tela, ou uma parede.

A releitura de uma obra de arte é a criação de uma nova obra, ressignificando ou homenageando uma obra anterior. É a criação de uma nova obra de arte a partir de uma referência artística anterior. O artista da nova obra confere um toque pessoal a obra anterior.