Em que Hélio Oiticica se inspirou para criar o Parangolé?
É a partir do samba, da dança e da rua que Oiticica rompe definitivamente com as divisões entre artes visuais, música e dança, bem como com as noções de “estilo” e “coerência estética”, chegando a sua “descoberta do corpo”.
Quando Hélio Oiticica passou a produzir os Parangolés?
Os laços entre os dois viriam a se estreitar durante os anos 1970, quando o artista plástico estimulou a publicação dos primeiros escritos do poeta. A amizade entre a dupla teria como pano de fundo a tropicália, movimento de que Oiticica foi participante, e Salomão, um espectador-participante.
O que Hélio Oiticica queria representar?
Hélio Oiticica buscou a superação da noção de objeto de arte como tradicionalmente definido pelas artes plásticas até então, inspirado na teoria do não-objeto de Ferreira Gullar.
Qual era a principal proposta do trabalho de Hélio Oiticica?
A proposta de Hélio, relacionada ao seu entendimento do papel da arte e do artista, é de transformação social.
Como se deu a participação de Hélio Oiticica com a Tropicália?
Esse trabalho foi a grande inspiração para a criação estética do movimento tropicalista das décadas de 60 e 70. Nessa obra era possível encontrar elementos típicos da cultura popular brasileira, como areia, arara, capas de parangolé e plantas, que subverteriam a ordem da estética pura do modernismo europeu.
O que significa Parangolé na arte?
Os Parangolés são capas, estandartes, bandeiras para serem vestidos ou carregados e movimentados pelo participante. As capas são confeccionadas com tecidos coloridos, estampados, com palavras e imagens que aparecem com a agitação da pessoa que as carrega (Souza; Baumgarten, 2005).
Quais foram as inovações artísticas de Hélio Oiticica?
De maneira geral, o trabalho Oiticica une várias categorias artísticas (artes plásticas, dança, poesia, arquitetura, teatro) criando outras formas próprias de arte, com ordens inventadas por ele como Penetráveis, Bólides, Parangolés, Núcleos, etc.
Quais são as características da obra Tropicália de Hélio Oiticica?
A obra pode ser descrita como um ambiente labiríntico composto de dois Penetráveis, PN2 (1966) - Pureza É um Mito, e PN3 (1966-1967) - Imagético, associados a plantas, areia, araras, poemas-objetos, capas de Parangolé e um aparelho de televisão.
Quem fundou o parangolé?
O termo que deu nome à turma – Parangolés – conceitua uma proposta idealizada pelo artista brasileiro Hélio Oitica, que se permitiu pensar a arte para além dos objetos, deslocando-a para as experiências e para os sentidos.
Como os Parangolés eram utilizados?
Os Parangolés foram criados para serem experimentados: ou a pessoa os veste e se move com eles, ou só vê em movimento quando eles são vestidos/levados por um outro participante.
Quais materiais são utilizados na confecção dos Parangolés?
- Retalhos de tecidos (de diversos tamanhos, cores e texturas). - Retalhos de outros materiais maleáveis: plástico, EVA, borracha... - Linha, cola de tecido, fita adesiva dupla face.
Como é o Parangolé em homenagem a Mangueira?
Encontro com a Mangueira, seus carros alegóricos e fantasias, transformou a obra do artista plástico durante a ditadura. Tudo é o parangolé. Atar as duas pontas do mesmo tecido, até que pano e paisagem sejam uma superfície só: a paisagem, ela mesma.
Qual é o tipo de arte de Hélio Oiticica?
- Pintura
- Arte de instalação
O que significa a frase seja marginal seja herói?
A marginalidade é considerada uma forma de transgressão dos valores conservadores e burgueses, identificados com o regime militar, aliado à idealização do mundo do crime, como mundo produzido pelas contradições da sociedade.
O que Hélio Oiticica queria transmitir com a obra Bandeira poema?
7. Bandeira-poema Seja Marginal, Seja Herói (1968) A obra é uma homenagem a Manoel Moreira, homem negro e periférico, morador da Favela do Esqueleto, no Rio de Janeiro. Oiticica circulava muito pelas favelas e morros cariocas e construiu uma relação de amizade com muitos moradores desses locais.
Qual foi o artista que mais influenciou a arte contemporânea?
Muitos foram os artistas que fomentaram a arte contemporânea no país, dos quais merecem destaque: Hélio Oiticica (1937-1980) Lygia Clark (1920-1988) Lygia Pape (1927-2004)