Em que cidade se passa a história do Auto da Compadecida?

Perguntado por: eperalta . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Cabaceiras

O Auto da Compadecida foi filmado em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, uma cidade próxima a Taperoá, cidade em que as aventuras de João Grilo e Chicó são retratadas na peça teatral de Ariano Suassuna.

  • João Grilo (Matheus Nachtergaele)
  • Rosinha (Virgínia Cavendish)
  • Vicentão (Bruno Garcia)
  • Major Antônio Moraes (Paulo Goulart)
  • Eurico (Diogo Vilela)
  • Chicó (Selton Mello)

O espaço da narrativa é o local onde ela se desenvolve. Ele pode ser físico ou mesmo psicológico. No primeiro caso, o local onde se passa a história é indicado seja uma fazenda, uma cidade, uma praia, etc. São classificados em espaços fechados (casa, quarto, hospital, etc.)

Os personagens são: João Grilo, Chicó, dois amigos sertanejos pobres, mas espertalhões, Mulher e Padeiro, ambos casados, mas há adultério da parte feminina (a mulher possui um cachorro de nome Xaréu e o trata como filho), Antônio Morais, major de pequena participação, Padre, Bispo, Frade e Sacristão representando a ...

Auto da Compadecida é dividida em três atos: o primeiro narra os mal entendidos e confusões que João Grilo e Chicó acabam se envolvendo após se verem obrigados a pedir ao padre que benza a falecida cachorra de seus patrões. No segundo, encontramos algumas histórias fantásticas, inspiradas na literatura de cordel.

Temas abordados: História do Brasil, coronelismo, cangaço, religião, diferenças sociais, seca e o impacto na vida dos nordestinos, literatura, teatro, regionalismos, portanto uma obra fílmica para se tentar também uma aproximação interdisciplinar.

João Grilo diz ao padre que o cachorro tinha um testamento e que lhe deixara dez contos de réis e três para o sacristão, caso rezassem o enterro em latim.

João Grilo, que saiu da literatura de cordel é chamado sempre de “amarelo”, que seria uma referência à mestiçagem que ocorre no Nordeste e, também, ao aspecto doentio das pessoas que vivem com doenças endêmicas.

JOÃO GRILO: PÍCARO DO NORDESTE, JUSTICEIRO DO SERTÃO
Em 1948, João Ferreira de Lima lança o cordel Proezas de João Grilo. No texto, o personagem ganha nascimento, infância e adultez.

Também protagonista da obra mais conhecida do literato paraibano, Chicó era “um doido que morava na cidade”, segundo Manoel Dantas. “Até o nome era igual. Tinha dois doidos em Taperoá, na época, eram 'Ventania' e 'Chicó'. Dos personagens de Ariano, Chicó realmente existiu.

Sua estrutura é composta por:
Título; Introdução: contexto, personagem, tempo/espaço, fato/ problema. Desenvolvimento: construção da trama, clímax. Conclusão: desfecho, reflexão.

Temos três tipos:

  • o protagonista - também conhecido como personagem principal; (o herói, por exemplo)
  • o antagonista - personagem contrário ao protagonista; (o vilão)
  • os personagens secundários - conhecidos como coadjuvantes, aqueles que não fazem parte da trama principal.

QUEM FAZ A HISTÓRIA? A história não é feita apenas pelos grandes personagens, mas por todos nós; isto é por pessoas como eu, você, a prefeita etc; grupos, como o dos idosos, soldados, artesãos, o dos pobres, dos ricos, o das mulheres etc.; e instituições sociais, como a igreja, a Câmara dos Deputados, o exército etc.

Dora ou Dorinha, assim chamada carinhosamente, é casada com Eurico (Diogo Vilela), dono de uma padaria e patrão de João e Chicó.

O Auto da Compadecida (2000) acompanha João Grilo e Chicó, interpretados por Mello e Nachtergaele, respectivamente, por suas andanças na cidade de Taperoá, interior da Paraíba — onde o filme foi gravado.

8- Qual é a etnia de Jesus Cristo em O Auto da Compadecida? R: ele é negro.

A natureza de Deus é de justiça, mas também de misericórdia, e ele é incapaz de resistir ao apelo de um coração contrito. Por este motivo os personagens d'O Auto da Compadecida foram perdoados: não por seu mérito, mas pela graça. Destaque-se o julgamento de João Grilo.

(VICENTE, 2005, p. 39). Com relação à cobiça, em Auto da Compadecida a crítica se dirige em especial aos membros da igreja, prontos a bajular e fazer as vontades dos mais ricos, sempre tendo em vista alcançar benefícios pessoais. É assim quando João Grilo pede ao Padre para dar à benção a um cachorro que está morrendo.

Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".