Em que ano o Brasil saiu do mapa da fome?

Perguntado por: aalves . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O país havia saído do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, por meio de estratégias de segurança alimentar e nutricional aplicadas desde meados da década de 1990.

Entre os 17 ODS que compõem a Agenda 2030 da ONU, estão a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades, o trabalho decente e o crescimento econômico. Entretanto, o Brasil não está cumprindo a 2ª ODS: Fome Zero e Agricultura Sustentável.

A extrema pobreza do Brasil caiu para o menor patamar da série histórica, iniciada em 1980. Relatório do Banco Mundial mostrou que a taxa do país foi a que mais recuou na América Latina no ano. Eis a íntegra do documento. As pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza eram 5,4% da população em 2019.

Segundo a FAO, alguns fatores principais foram decisivos para os resultados: Aumento da oferta de alimentos: em 10 anos, a disponibilidade de calorias para a população cresceu 10%;

Em relação ao Brasil, somados os que passam fome aos que padecem do que aqueles organismos internacionais classificam de insegurança alimentar moderada – ou seja, têm alimentação precária ou estão sob risco de não tê-la todos os dias – são 49,6 milhões de pessoas subnutridas. Em 2014 eram 37,5 milhões.

Um levantamento publicado pela FGV mostrou que o número de pessoas em situação de vulnerabilidade aumentou no Brasil no fim do governo Bolsonaro. A fome chegou a atingir 29,2 milhões de brasileiros no final de 2021, em números só superados pelos do início da pandemia, em 2020.

Brasil tem 10,1 milhões passando fome, diz ONU - 12/07/2023 - Cotidiano - Folha.

O consumo dos lares brasileiros deve desacelerar em 2023, segundo previsão divulgada pela Associação Brasileira de Supermercado (Abras). Caso se confirme, isso afetará a produção de alimentos no Brasil.

No Brasil, a taxa de pessoas, dentre a população total, em situação de insegurança alimentar grave aumentou de 1,9% –3,9 milhões– entre 2014 e 2016 para 7,3% –15,4 milhões– entre 2019 e 2021.

Em 2020, um levantamento do Banco Mundial chamou a atenção ao destoar das pesquisas que mostravam o avanço da fome. O estudo mostrou que o número de pessoas extremamente pobres caiu de 11,37 milhões para 4,14 milhões (menos de 2% da população) em relação a 2019, o menor nível da série histórica, iniciada em 1981.

De acordo com o levantamento da Organização das Nações Unidas, cerca de 21,1 milhões de pessoas no Brasil estavam em situação de insegurança alimentar grave entre 2020 e 2022. O total representa 9,9% da população do país.

Publicado 02/12/2022 - 11h24
São Paulo – O número de pessoas vivendo em situação de pobreza no Brasil fechou o terceiro ano de governo Bolsonaro com aumento recorde. Cerca de 62,5 milhões de pessoas enfrentaram essa condição em 2021, o que corresponde a 29,4% da população do país.

Pelo menos 43,5 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza em junho, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) na quarta-feira (12).

Segundo o estudo, dois fatores principais estão por trás da queda de pobreza em 2022, que impactou todos os estados brasileiros: a melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil.

Aliás, por falar em Brasil, o relatório da FAO confirma o que já sabíamos, o país voltou a ter um lugar cativo no Mapa da Fome, com mais de 61 milhões de brasileiros vivendo com algum nível de insegurança alimentar.

No ano de 2015, o Brasil havia saído do mapa da fome e tinha 1,7% da população em situação de subalimentação, um indicador usado pela agência da ONU para Alimentação e Agricultura que estima a situação crônica de falta de alimento, ou seja, fome.

Para o período de 2012-2014, o índice brasileiro caiu para 1,7%, equivalente a 3,4 milhões de pessoas que ainda não comem o suficiente diariamente. De acordo com o relatório, essa estatística coloca o país como um dos que superaram o problema da fome.

Sete milhões de brasileiros passaram fome em 2013, diz IBGE.

Segundo Tereza Campello, o governo Bolsonaro desmontou o conjunto das frentes estratégicas que garantiram a retirada do Brasil do Mapa Fome, ao qual voltou em julho deste ano, conforme o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

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