Em qual livro Nietzsche diz que Deus está morto?

Perguntado por: ocarvalho5 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Nietzsche expressou a sentença "Deus está morto" pela primeira vez no terceiro livro do escrito A gaia ciência, publicado em 1882.

Nietzsche, o homem que decretou a morte de Deus.

Deus está morto

1. "Deus está morto". Essa é uma das frases mais famosas e polêmicas de Nitetzsche. O pensador, que vinha de uma família de pastores com forte ligação com o cristianismo, em determinado momento de sua vida rompe com a religião.

Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.

Falar da 'Morte de Deus' hoje não é abandonar o conceito de Deus e da religião de modo absoluto, mas ao contrário, significa superar uma visão de Deus e de transcendência que ainda está atrelada aos conceitos da Metafísica antiga e medieval, em especial de uma visão abstrata, de um Deus distante o mundo, de um “Deus ...

Além do Bem e do Mal

Além do Bem e do Mal é considerado, pelo autor, seu livro mais importante.

Nietzsche negou Deus o tempo todo em suas obras, em contrapartida viveu o tempo todo entranhado na metafísica, ele era inegavelmente um religioso. Há um chocante paradoxo nessa afirmativa, já que a maioria dos nietzschianos considera a religião simples sobrevivência histórica e cultural.

O filósofo Nietzsche proferiu à frase "Deus está morto com a intenção de mostrar a abandono e o vazio do ser humano na Modernidade. A temporalidade do homem se encontra no presente e sua realidade e finita, desta forma a consciência da morte toma o homem um ser voltado para o mundo, com projetos palpáveis e resis.

Os santos são exortados a evitar a impureza e a andar retamente — Marido e mulher devem amar um ao outro. 1 Sede, pois, aimitadores de Deus, como filhos amados; 2 E aandai em amor, como também Cristo nos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e bsacrifício a Deus, em ccheiro suave.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Segundo Nietzsche a vida é um constante criar e recriar sem uma teleologia pré-definida. É justamente por este aspecto que a arte expressa de forma mais transparente o que a vida é, pois, a arte é justamente o processo de criação e recriação sem uma finalidade para além da própria criação.

Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno.

Tornar-se quem se é significa transvalorar os valores, escolher outros, novos, brilhantes. Encontrar um modo de vida propício ao aumento de suas próprias forças vitais. Quebrar a corrente de escravo, nem mestre nem Deus, não ter mais nenhum senhor além de si mesmo.

Entre vários escritos, criou o termo super homem (Übermensch) para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes.