Em quais circunstâncias pode se desligar os aparelhos que mantêm a pessoa viva?

Perguntado por: rpeixoto . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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De acordo com o texto, aprovado por unanimidade, isso só pode ocorrer se for a vontade explícita do próprio doente ou de seus parentes. A prática é chamada de ortotanásia, mas essa palavra costuma ser evitada pelos médicos.

O médico explica que para obter o diagnóstico de morte encefálica é necessário realizar sete exames clínicos, entre eles testes que verificam se o paciente apresenta alguma reação de tosse, movimentação facial ou deglutição quando estimulado, se as pupilas reagem quando expostas à luz e se o corpo demonstra reação à ...

tratamento e observação no hospital, pelo período mínimo de seis horas; em caso de encefalopatia hipóxico-isquêmica, essa observação se estende por um período mínimo de 24 horas.

Segundo o Conselho, a eutanásia é o procedimento que antecipa uma morte inevitável. Isso, pelas leis brasileiras, é homicídio. No caso da ortotanásia, agora regulamentada pelo CFM, o médico desliga os aparelhos e a morte ocorre naturalmente, sem indução.

Aparelhos serão desligados após a confirmação
Segundo o documento, passado o período de tratamento e confirmação da morte, não será mais possível que o paciente fique no hospital com os aparelhos ligados. Antes, o médico deveria aguardar uma posição da família.

Atualmente, os médicos declaram a morte a partir do momento em que o coração de um paciente deixa de bater. Quando isso acontece, as funções cerebrais terminam quase de imediato e a pessoa perde todos os seus reflexos.

É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre. Obs.: a morte encefálica é permanente e irreversível.

O conhecimento geral é de que o cérebro não pode funcionar quando o coração para de bater, mas o estudo argumenta que a percepção consciente parece ter continuado por até três minutos depois que o coração sofreu uma parada.

No paciente com morte encefálica, as pupilas devem estar midriáticas, com dilatação média ou completa (3 a 9 mm) e devem estar centradas na linha média. A forma da pupila não é importante para o diagnóstico de morte encefálica, mas sim a sua reatividade.

“O evento final aconteceu, ou seja, o coração parou de funcionar, existiu e foi captado um padrão diferente de funcionamento de alta frequência antes e depois.

Tremores musculares ocasionais, movimentos involuntários, alterações na frequência cardíaca e perda de reflexos nas pernas e braços são sinais de que o fim de vida está próximo.

A audição e o toque duram mais tempo, o que indica que muitas pessoas podem ouvir e sentir seus parentes nestes momentos, mesmo que pareçam estar inconscientes. À medida que a morte se torna mais próxima, o coração bate com menos força, a pressão sanguínea cai, a pele esfria e as unhas escurecem.

Dos 49 casos, 43% foram de melhora súbita 1 dia antes da morte, 41% de 2 a 7 dias e 10% de 8 a 30 dias.

No país, tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia são proibidos. Conforme a legislação brasileira, ambos os procedimentos são criminalizados. “Há no Brasil o crime de 'induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação', previsto no artigo 122 do Código Penal.

Além deste cuidado, o especialista recomenda não retirar o eletrodoméstico da tomada com o aparelho ainda ligado. "Ao retirar o equipamento da tomada antes de desligá-lo, você pode provocar danos para os contatos da tomada.

O Sinal de Lázaro (ou reflexo de Lázaro) é um movimento reflexo em pacientes com morte encefálica ou falência cerebral, que faz com que estes levantem brevemente os braços e os deixem cair cruzados em seus peitos (em posição similar à de algumas múmias egípcias).

O momento crucial — o do último suspiro —, quase nunca é doloroso, porque, ocorre num momento de inconsciência. A alma, entretanto, sofre antes da desagregação da matéria durante as convulsões da agonia. A intensidade do sofrimento é diretamente proporcional da empatia entre corpo e perispírito.

O estudo sobre a audição no momento da morte foi realizado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC). Na pesquisa foi constatado que a audição é o último sentido a se desligar no momento da morte.