É verdade que o Saci existe?

Perguntado por: aconceicao . Última atualização: 26 de abril de 2023
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O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro que se originou entre tribos indígenas do sul do Brasil, mas que sofreu influência de diferentes culturas. Tem apenas uma perna, usa um gorro vermelho e um cachimbo.

E são eles: Saci-Cererê, Matimpererê, Matita Perê, Saci-Saçurá e Saci-Trique.

Por ter surgido na região Sul, acredita-se que a lenda do saci originou-se entre os índios guarani. Num primeiro momento, ele era uma espécie de protetor da floresta contra aqueles que iam destruí-la.

77 anos de idade

Conta a lenda que o saci vive até os 77 anos de idade e, então, transforma-se em um cogumelo venenoso, embora outras versões falam que ele se transforma em um cogumelo chamado orelha-de-pau.

Conta a lenda que o saci se torna submisso àquele que rouba sua carapuça. 3. Um dos hábitos do saci é pedir fogo aos viajantes para acender seu pito. Dizem que ele tem até uma das mãos furadas de tanto carregar as brasas do cachimbo.

Para isso, basta lançar um certo tipo de peneira no meio do redemoinho. Aquele que captura o saci deve retirar o gorro de sua cabeça para que ele perca seus poderes sobrenaturais. O último ato é aprisioná-lo em uma garrafa com uma cruz desenhada nela.

Ao Saci Pererê são atribuídas às coisas que dão errado. Ele entra nas casas e apaga o fogo, faz queimar as comidas das panelas, seca a água das vasilhas, dá muito trabalho às pessoas escondendo os objetos que dificilmente serão encontrados novamente. Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem.

A lenda do Saci surgiu na região Sul e foi influenciada por elementos das culturas africana e indígena. A figura ficou conhecida nacionalmente por influência da obra de Monteiro Lobato, pai da literatura infantil do Brasil.

Botucatu

Botucatu ficou conhecida como a cidade do saci, mas a ANCS não é ligada à prefeitura. A história da associação foi passada de 'boca a boca', sempre fomos convidados para participar de trabalhos da Unesco e para a manutenção da cultura popular”, destaca.

Entre suas receitas prediletas estão lambari frito, paçoca de amendoim e, claro, arroz, feijão, farofa e mandioca frita. No meio da tarde, aplaca a fome com quitandas do tipo broa de fubá, bolachinhas e biscoito de polvilho. Também é chegado em doces como pé-de-moleque, goiabada cascão e bananada.

E para quem não conhece, a personagem é uma bruxa com unhas enormes e aparência de jacaré. Você sabe por que o Saci tem só uma perna? De acordo com a lenda contada pela Chiara Conte, o Saci foi escravizado e teve sua perna presa para não fugir. Ansiando por sua liberdade, ele corta a própria perna para conseguir fugir.

Filho de uma feiticeira, o Saci nasceu em uma noite de lua cheia. Para se proteger dele, diz a lenda que é preciso jogar uma peneira no chão ou colocar um rosário de sete nós no pescoço: ele é obrigado a parar e desfazer todos os nós. O Saci pode se transformar em um redemoinho de vento e desaparecer no ar.

Segundo M rio Corso, autor de Monstru rio- Invent rio de Entidades Imagin rias e de Mitos Brasileiros, publicado pela Tomo Editorial, o personagem ficou sem a perna direita. “O lado esquerdo simboliza o plano contr rio ao nosso, o torto, o invertido, o errado”, explica Corso.

A atriz Dandara Mariana e seu pai também serão homenageados. É que ela é filha de Romeu Evaristo, humorista que viveu o Saci Pererê na primeira versão do "Sítio", exibida entre 1977 e 1986.

Além de desaparecer ou tornar-se invisível (muitas vezes apenas com a carapuça vermelha e o brilho vermelho do cachimbo ainda aparecendo), o Saci pode se transformar em um Matitaperê ou Matinta Pereira, um pássaro indescritível cujo canto melancólico parece vir do nada.

A trapaça de que o Saci é capaz é entorpecer as agulhas das costureiras, lançar várias maldições a objetos e pessoas, perturbar a vida animal dentro da comunidade e fazer com que o leite azede e os ovos se tornem incapazes de quebrar.

Depois, transformaram ele em negro, porque era época de escravidão, lá por volta de 1800, para criar mais preconceito contra ele.